terça-feira, fevereiro 27, 2007

Reflexão

Todos nós temos uma carga genética que nos dá as mais variadas hipóteses ao longo da vida. O mundo que nos rodeia pode influenciar de sobremaneira as escolhas posteriormente feitas, no entanto, a essência de cada um de nós permanece inalterada. Poderão existir alturas em que, pelas mais variadas razões, nos afastamos de nós próprios, só que e lembrando palavras que me foram endereçadas, cada um de nós pode, em determinada altura, ser o farol para o despertar do que estava “esquecido”… Com a ajuda especial de um grande AMIGO e as palavras sábias de outros, pude descobrir de novo a tão grande divergência de linguagens que nos podem ser queridas e que fazem emergir a “Força” para perceber que afinal não estamos assim tão sós. Mesmo os que já não estão entre nós, nos deixaram legados impressionantes, dos quais podemos retirar tanta informação!




A Música, seja ela qual for, dependentemente de cada um de nós, é de uma riqueza impressionante, onde se pode descobrir os mais diversos sentimentos e, porque não ensinamentos?? As diferentes formas de tocar, as diferentes formas de escrever através de uma linguagem que pode não ser acessível à maioria de nós, mas que traduzida por quem sabe, nos pode proporcionar descobertas explêndidas.


A Escrita, poética ou não, proporciona não só vastos conhecimentos como também uma boa forma de nos deixarmos levar para um mundo “encantado” oriundo de outra mente. Identificando-nos ou não, é mais uma porta aberta ao outro e a nós mesmos…



Saint-Paul Hospital, Van Gogh




segunda-feira, fevereiro 26, 2007

... ... ...


O ar frio e salgado. O silêncio da noite, como bom parceiro para quem se habituou à solidão. A penumbra que reflecte o “estado de alma” … perguntas lançadas ao ar, na esperança de que o reflexo do mar traga o eco como resposta!

O ar frio e salgado,
O silêncio da noite,
A penumbra,
E o reflexo brilhante que somente revela a sua beleza.
As respostas… essas, não são reveladas…

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Ilusão


Quem não se lembra de alguém lhe ter dito que ouvia o barulho do mar se escutasse através de um búzio? Quem não se lembra de fazer a experiência e… de facto ouvir o mar através de algo que dele provêm. Quem já fez este gesto, fê-lo com certeza em criança, criando a ilusão errada mas mágica de que o que ouvia era o mar!
Uma grande parte de nós ainda repete este movimento embora com consciência de que é o próprio cérebro que lhe irá dar a ouvir aquilo que há muito lhe foi transmitido.
No entanto e embora ilusão, quem não gosta de dar esse prazer a uma criança face à felicidade da nova descoberta?
Um dia a descoberta será desmistificada, mas a magia continuará!
«As ilusões», dizia-me o meu amigo, «talvez sejam em tão grande número quanto as relações dos homens entre si ou entre os homens e as coisas. E, quando a ilusão desaparece, ou seja, quando vemos o ser ou o facto tal como existe fora de nós, experimentamos um sentimento bizarro, metade dele complicada pela lástima da fantasia desaparecida, metade pela surpresa agradável diante da novidade, diante do facto real».
Charles Baudelaire, in 'Pequenos Poemas em Prosa'
" O Citador"
" A menina e o búzio", Pastel de óleo, Alexandra, 19...

terça-feira, fevereiro 13, 2007

O Perfume!

Em conversa com um amigo sobre “O Perfume”, tendo ele visto o filme e eu lido o livro, surge a pergunta bastante significativa, quanto a mim!


“ Que tipo de mente inventa uma história destas?”


Do que pesquisei deixo alguns excertos:



O Perfume é um romance escrito pelo escritor
alemão Patrick Süskind e publicado pela primeira vez em 1985. O título original alemão é Das Parfum, die Geschichte eines Mörders, "O Perfume, História de um assassino".

A história situa-se no
século XVIII, em Paris, depois em Auvergne, em Montpellier, em Grasse e finalmente retorna a Paris. O protagonista, Jean-Baptiste Grenouille, nasceu no meio de tripas de peixe atrás de uma banca, onde a mãe, que algumas semanas depois foi executada por infanticídios, vendia peixe. Grenouille possui duas características excepcionais:

Ele não tem cheiro nenhum, o que assusta sua ama e as crianças com quem ele vive no orfanato, mas que permite que ele passe totalmente despercebido. Durante a história, essa ausência de odor, de que ele se dá conta somente bem mais tarde, será compensada pela criação de perfumes mais ou menos atraentes, que Grenouille utiliza de acordo com as circunstâncias a fim de ser notado pelos outros.


Ele tem um olfato extremamente desenvolvido, o que lhe permite reconhecer os odores mais imperceptíveis. Conseguia cheirá–los por mais longe que estivessem e armazenava–os todos no seu nariz. Esse olfato é sua única fonte de alegria, que ele aproveita para confeccionar, sem a mínima experiência, perfumes de qualidade excepcional.


Durante a sua vida teve vários acidentes e doenças, trabalhou como aprendiz de curtidor de peles e depois como aprendiz de perfumista e, graças às suas características, enquanto foi aprendiz de perfumista aprendeu várias técnicas para a criação de um perfume.
Grenouille um dia encontra uma jovem, com um perfume totalmente diferente de todos os outros milhares de perfumes que ele guardava na memória, e acabará por matá-la, com as suas próprias mãos, de tanto desejar apoderar-se do seu odor.

A acção divide-se entre o mundo dos perfumes, traduzido pelo título "O Perfume", que servem para encobrir o mundo dos fedores, dos crimes e da hipocrisia que caracterizam a cidade de Paris no século XVIII.
Foi adaptado ao cinema em 2006.

Do autor deste romance, podemos dizer que nasceu em Ambach am Starnberger See, perto de
München na Alemanha. Filho do escritor e jornalista,W. E. Süskid. Estudou história Moderna e Medieval na Universidade de Munique e em Aix-en-Provence de 1968-1974. Nos anos oitenta, Süskind trabalhou como escritor, para "Kir Royal", "Monaco Franze" e outros. Ele é o autor do internacionalmente aclamado best-seller "O Perfume: história de um assassino" de 1985 (romance). É também autor de "The Double Bass" de 1980 (teatro), "The Pigeon" de 1988 (novela), "The Story of Mr. Sommer" de 1991 (conto ilustrado por Sempé) e "Three Stories and a Reflection" de 1996 (contos).
Patrick Süskind vive em
Ambach, Alemanha, raramente dá entrevistas ou aparece em público, preferindo levar uma vida isolada.

Face ao conteúdo deste romance, ponho a hipótese do autor ter feito um estudo sobre características e distúrbios de personalidade e, conseguir desta forma uma personagem baseada em conhecimentos cientificos. De acrescer ainda o factor da sua própria formação académica que lhe possibilita ter uma perspectiva bastante fiel dos cenários que descreve.

Considerando que o livro está escrito de uma forma tal que durante a sua leitura estamos constantemente a ser levados, eu diria, para o interior das cenas que são descritas e, perante o próprio comportamento “pouco social” do autor, poderia supor que ou estamos perante um génio, ou a sua própria personalidade contribuiu de forma bastante activa para a criação desta personagem.

De salientar que não pretendo colocar a saúde mental do autor em causa, mas sim dar ênfase a esta sua obra que, de facto, em termos de qualidade de escrita e riqueza de conteúdos é incomparável!

Para finalizar, indico um vídeo sobre a composição da excelente banda sonora do filme, de autoria do Maestro Simon Rattle.

Um muito obrigado ao PC !

sábado, fevereiro 10, 2007

Pintura de Noronha da Costa
"Sempre que uma mente se abre a uma ideia nova, nunca mais volta ao estado inicial"
Einstein

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Sonho/ Realidade

Salvador Dali, O sonho
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
Àparte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
(Álvaro de Campos)

sábado, fevereiro 03, 2007

There had to be ...



Na cortina fechada projectam-se as linhas da janela. Dessa mesma janela que faz a separação/união entre passado e presente... acontecimentos, sentimentos, sensações... alegria, tristeza...

Lamentos a nada levam, o passado não é mais que isso mesmo. Dele retira-se a aprendizagem necessária para viver o presente e acreditar ...

..............

How could I stay

How could I breathe

There had to be more for me

Promises gone

(...)

I cannot run

I cannot hide

It came with me locked inside

(...)

Excerto de:

Breakdown, Melissa Etheridge