O movimento ascendente e descendente estamos constantemente a fazê-lo.
O nosso inconsciente mais não é que uma escada em espiral, cada vez mais profunda à medida que avançamos na idade. Nas galerias vamos guardando as memórias de vivências, factos, acontecimentos que nos acompanham nesta caminhada. Os mais vincados e perturbadores estão bem guardados nos lados mais escuros. Só lá vamos acompanhados e de preferência, em boas mãos. Os que podemos aceder estão escondidos nos nichos iluminados e que por vezes, se abrem para nos dar a imagem já antes vivida. De brincadeiras de crianças, de sonhos de adolescente, de entes queridos mas que já não estão entre nós. Nessa altura sorrimos ao lembrar…
Tudo vai sendo construído. Pedra sobre pedra!
Por vezes sentimos que essas pedras podem desfazer-se a qualquer momento e, algumas desfazem-se, mas continuamos sempre … construindo, guardando, recolhendo e voltando atrás para recordar!
Este é o mundo dos sonhos que podem ser escuros ou cheios de cor. Basta escolher qual o nicho onde queremos entrar.
Por estranho que pareça, ou não… conforme “envelhecemos”, o que agora nos parece escuro começa a ter cor. Ou seja, as memórias predominantes serão as que estão no fundo da espiral.
Não é o princípio do fim.
É somente o retorno à essência!