domingo, julho 31, 2011
David Bowie - Absolute Beginners
sábado, junho 25, 2011
The Sound of Silence
Simon & Garfunkel
Acordei com esta frase no pensamento:” Hello darkness, my old friend,
I've come to talk with you again, (…)”
No nosso “Som do Silêncio” o tempo percorre-nos… deixa-nos marcas… ou será o silêncio? Ao ver este video, vi o outro lado do espelho. O olhar é diferente, a fisionomia por força das circunstâncias ( o tempo passa e vinca) altera-se, a percepção da realidade diverge. Neste sentido, lembrei-me de uma entrevista que foi realizada a Margarida Carpinteiro, em que ela dizia que a idade, digo eu, a passagem do tempo, tinha coisas boas. Algumas delas os sonhos serem mais reais. A impossibilidade de cada vez menos sermos enganados, porque, digo eu, a experiência faz de nós enciclopédias... contudo...
"People talking without speaking,
People hearing without listening,
People writing songs that voices never share
And no one dared
Disturb the sound of silence.
"Fools" said I, "You do not know
Silence like a cancer grows."
Tenho que considerar que estas frases tantas vezes ouvidas, hoje me fazem um sentido extraordinário. Vivemos e deixamos tantas vezes o silêncio permanecer que, em última análise, nem percebemos que o mesmo se instalou definitivamente. Olhámos para o lado e, se quisermos, conseguimos ver o silêncio dos outros... basta um olhar... mas, é mais fácil afastar e ouvir somente o som do nosso silêncio!
E, porque um pensamento leva a outro, lembrei-me do livro de Daniel Sampaio: “Ninguém morre sozinho”! Não? Quantos silêncios nos passam ao lado cujo ruído é ensurdecedor? Mas, teimamos em mandar para os meandros do esquecimento as vozes que podíamos ter partilhado, e que de alguma forma e para ambos , poderiam ter suavizado “The sound of silence”!
domingo, junho 19, 2011
Regresso ou não.
É uma escada em caracol
E que não tem corrimão.
Vai a caminho do Sol
Mas nunca passa do chão.
Os degraus, quanto mais altos,
Mais estragados estão,
Nem sustos nem sobressaltos
servem sequer de lição.
Quem tem medo não a sobe
Quem tem sonhos também não.
Há quem chegue a deitar fora
O lastro do coração.
Sobe-se numa corrida.
Corre-se p'rigos em vão.
Adivinhaste: é a vida
A escada sem corrimão.
David Mourão- Ferreira
A força para voltar é pouca ou nenhuma.
Corrimões não existem e, por vezes, nem tão pouco degraus...
Contudo, as recordações deste espaço são muitas e, não queria de forma alguma deixá-las... não conto voltar com assiduidade, mas quero, acima de tudo manter este elo de ligação com muitas pessoas que foram e são importantes.
domingo, outubro 31, 2010
Percursos
sexta-feira, outubro 01, 2010
Algumas Palavras
A imagem que sempre me caracterizou não está cá! Mais uma vez estou a começar do zero e a aprender de novo...
" Ninguém deveria poder dar menos do que deu alguma vez, não se dão rosas hoje para se dar um deserto amanhã (...)"
José Saramago, Historia do Cerco de Lisboa.
sexta-feira, fevereiro 12, 2010
Transferências IV
Na impossibilidade de usar as minhas próprias palavras, opto por transcrever narrativas, frases, ideias que me fazem 'eco'.
sábado, janeiro 02, 2010
Transferências III
"A única coisa que me separa da árvore ou de um monte de terra, é a angústia ."
Anne Hébert
Na impossibilidade de usar as minhas próprias palavras, opto por transcrever narrativas, frases, ideias que me fazem 'eco'.
quinta-feira, dezembro 03, 2009
Rumo...
quarta-feira, novembro 25, 2009
Gestos
Pequenos gestos, simples, sem outra intenção que não seja o bem estar que proporciona quem o faz e quem o recebe. Uma pequena lembrança que pode tomar proporções significativas para quem se sente só.
Um pequeno gesto, pode ser a diferença entre uma lágrima e um sorriso!
sábado, novembro 14, 2009
Transferências II
Carvalho, Rodrigues Guedes; A Casa Quieta. P. 56
sábado, outubro 31, 2009
Transferências I
Na impossibilidade de usar as minhas próprias palavras, opto por transcrever narrativas, frases, ideias que me fazem 'eco'.
sexta-feira, julho 24, 2009
Consciencialização
Fotografia de pigar
Aquele era o tempo
Em que as mãos se fechavam
E nas noites brilhantes as palavras voavam,
E eu via que o céu me nascia dos dedos
…
Em bares escondidos,
Em sonhos gigantes.
E a cidade vazia,
Da cor do asfalto,
E alguém me pedia que cantasse mais alto.
…
Aquele era o tempo
Em que as sombras se abriam,
…
E eu bebia da vida em goles pequenos,
Tropeçava no riso, abraçava venenos.
De costas voltadas não se vê o futuro
Nem o rumo da bala
Nem a falha no muro.
E alguém me gritava
Com voz de profeta
Que o caminho se faz
Entre o alvo e a seta
…
De que serve ter o mapa
Se o fim está traçado,
De que serve a terra à vista
Se o barco está parado,
De que serve ter a chave
Se a porta está aberta,
De que servem as palavras
Se a casa está deserta?
…
Quem me leva os meus fantasmas?
Quem me salva desta espada?
Quem me diz onde é a estrada?
...
Excertos da música de Pedro Abrunhosa; ‘Quem me leva os meus fantasmas’
Dia a dia… o caminho faz-se entre o alvo e a seta, entre o início e o fim, entre a alegria e o desalento…
quinta-feira, julho 16, 2009
Paralelismos
Subitamente, deu-se conta de que poderia fazer um paralelismo.
Enquanto o pensamento deambulava pelos meandros das hipóteses, o movimento de afastamento acelerava, permitindo-lhe, no final, ver uma única imagem desfocada para, logo de seguida, ficar sozinha visualizando o espaço vazio onde segundos antes um objecto bem definido tinha estado.
Na vã tentativa de visualizar algo que lhe desse referências, lutava contra a sensação de que teria presenciado a sua vida projectada naquele meio de transporte. Acontecimentos vividos, caminhos percorridos, portas que se abriram e outras que se fecharam e… na ânsia infindável de que um dia conseguiria atingir os objectivos a que se propunha, esquecera-se de viver. Deu-se conta que o tempo passa a velocidades inesperadas e que, no fim, restaria somente o vazio… do que poderia ter sido, mas não foi!