domingo, dezembro 30, 2007
2008
Mais um ciclo que passa e outro se inicia!
Iremos entrar assim num novo ano, onde desejaremos ver reflectidos, qual lua num espelho de água, todos os objectivos e sonhos amplamente esperados.
A todos os que por aqui passam deixo votos de um ano 2008 cheio de êxitos!!!
Beijos
Alexandra
quinta-feira, dezembro 27, 2007
Interpretações.
sexta-feira, dezembro 21, 2007
segunda-feira, dezembro 17, 2007
Remédio Santo!
Segundo a "Associação Portuguesa de Famílias Numerosas" (e não só) :
"Nos nossos dias, são cada vez mais os Pais que se dão conta de que a televisão que recebemos pode não ser afinal aquela “baby-sitter” inofensiva, discreta e barata, a que julgaram poder confiar os seus filhos, mesmo em horas inicialmente dedicadas a programação infantil."
Ora não podia estar mais de acordo. Todavia, já não sou mais criança!
Como tal e porque existem alturas na vida em que nem um livro pode estar acessível a mentes perfeitamente dispersas, considerando ainda o facto de que nesta fase, a hibernação é o melhor remédio (embora não seja estado adequado a qualquer ser humano que se preze), tive que concluir que este é um grande meio de alienação. Uma tábua de salvação para desviar a atenção para tudo menos para o que nos dá cabo da paciência. Nada como uns serões sentados no sofá simplesmente... OLHANDO !!!
E ainda dizem que ela não é boa companhia...
PS: O espírito natalício ainda não chegou a este blog. Sorry!
domingo, novembro 25, 2007
Dead Poets Society
- ESPERANÇA
- SONHO
- TRADIÇÃO
- "Procurem a vossa própria voz..."
- "Conheçam-se a vós mesmos..."
- "Acreditem em vós..."
- "A RAÇA HUMANA É FEITA DE PAIXÃO..."
Na infância, as figuras parentais representam o caminho a seguir (socialização).
Todavia, cada um de nós é UNO!
As lutas internas entre o que queremos/somos e o que a sociedade impôe, considerando ainda as projecções feitas pelas primeiras figuras de referência, resultam, na maioria das vezes, no caminho do DEVER e não so SER.
Quando alguém chama a atenção e interage para que o conceito do SER víncule, é apelidado de ANORMAL e, frequentemente rejeitado. Porquê?!
A todos os que pela nossa vida passaram e nos fizeram esta chamada de atenção, independentemente de a termos seguido ou não!
quinta-feira, novembro 15, 2007
!!!
Por tudo o que aqui deixo escrito A TODOS AGRADEÇO!
Não serei tão frequente a postar nem a comentar mas... tentar não custa!
quarta-feira, outubro 17, 2007
Divagações
(…) there's a silent place that I can call my own
...
When everything`s dark and nothing seems right
there`s nothing to win and there`s no need to fight.
...
(...) it seems a time of sadness is a time to understand ...
Retirado de LORD IT IS MINE - SUPERTRAMP
sexta-feira, outubro 12, 2007
segunda-feira, outubro 01, 2007
Mas que sei eu
Mas que sei eu das folhas no outono
ao vento vorazmente arremessadas
quando eu passo pelas madrugadas
tal como passaria qualquer dono?
Eu sei que é vão o vento e lento o sono
e acabam coisas mal principiadas
no ínvio precipício das geadas
que pressinto no meu fundo abandono
Nenhum súbito lamenta
a dor de assim passar que me atormenta
e me ergue no ar como outra folha
qualquer. Mas eu sei que sei destas manhãs?
As coisas vêm vão e são tão vãs
como este olhar que ignoro que me olha.
Ruy Belo
Todos os Poemas
Imagem retirada da net
sábado, setembro 29, 2007
... ...
"Na sua forma mais sublime (...) a música detém um poder universal (...) o cérebro trata as mensagens musicais como se elas viessem do coraçao e não do ouvido. Esta música apropria-se da transmissão e chega ao cérebro não somente enquanto som, mas também como sentimento puro. E que sentimento é este para um organismo vivo senão a enunciação dos estados graças aos quais a natureza compoõe as emoções mais diversas, desde o desejo ardente do inatingível ou da angustia da partida, à febre da aventura, à visita sempre adiada a um lugar desprendido deste mundo? ... Quando esta apropriação acontece, o espírito do ouvinte previligiado tem a sensação de estar às portas da sua vida interior, de estar ligado à fonte da existência, longe, bem longe do quadro mundano da experiência."
Damásio, António R.
BOM FIM DE SEMANA!!
Vivaldi Four Seasons played by Anne-Sophie Mutter
quarta-feira, setembro 26, 2007
Message in a bottle
sábado, setembro 22, 2007
Guerra e Paz.
Photo: Sesech BayatCourtesy of Teldec Classics International
No seguimento do post anterior em que deixei uma citação acerca da arte e sua contribuição para a unificação em termos gerais, não podia distanciar-me da notícia que hoje foi posta aos olhos do mundo.
Daniel Barenboim, nasceu em Buenos Aires, em 1942. Começou a estudar piano aos cinco anos de idade, tendo-se estreado como pianista em Viena e Roma, no ano de 1952. Em 1981 teve a sua estreia como Maestro em Bayreuth.
“ Este e Edward Said, intelectual palestiniano que morreu em 2003, fundaram o West-Eastern Divan Workshop, que todos os verões convida jovens músicos de Israel e do Médio Oriente para formar uma orquestra. Em 2003 a orquestra tocou pela primeira vez num país árabe, na cidade de Rabat, a convite do Rei Muhammed VI. O Workshop não pretende expressar nenhuma posição política e o seu objectivo é o de dar um exemplo de diálogo entre culturas.”
Aos 21 de Setembro do corrente ano foi nomeado, entre outros, EMBAIXADOR DA PAZ DA ONU, em virtude do seu trabalho enquanto maestro e pianista, “no sentido do desenvolvimento a favor do entendimento entre o povo israelita e palestiniano, especialmente através da fundação de uma orquestra que reúne jovens de ambos países.”
UNS ORQUESTRAM A GUERRA, OUTROS PROMOVEM A PAZ E TOLERÂNCIA!
BOM FIM DE SEMANA!
quinta-feira, setembro 20, 2007
Vangelis - Mythodea
“Os artistas são os que passam a sua vida a ligar os pedaços soltos do mundo.”
Yves Simon
domingo, setembro 16, 2007
Leituras.
sexta-feira, setembro 14, 2007
Nocturne No.1 - Maria Joao, Piano. music: Frederic Chopin
A um grande professor e Amigo. Tão curta a duração da comunicação mas tão grande a aprendizagem.
O meu muito obrigado à M. José por me ter dado a possibilidade de adquirir de novo este video.
quarta-feira, setembro 12, 2007
Only time
Who can say where the road goes,
Where the day flows, only time?
Who knows? Only time
E o tempo que nos escorre pelos dedos que nem areia...o passado, já foi. O presente está a ser e o futuro está aí, no próximo segundo!
sábado, setembro 08, 2007
Divagações...
Cada um de nós nasce mas não é tábua rasa. Consigo trás todo um conjunto de informação que será ou não desenvolvido consoante as vivências. Ou seja, consoante a socialização. Ao longo da existência, a sociedade impõe-nos constantemente um papel do qual seremos ou não “escravos”. Depende das escolhas que fizermos e da nossa própria personalidade.
Uns nascidos em “berço de ouro”, outros nem tanto, acabamos no fim por não ser mais que seres humanos, aos quais deveriam ser dadas as mesmas possibilidades de construção de vida. Entram aqui as escolhas e opções que temos/teremos que fazer, cada um com as “ferramentas” que lhe são permitidas.
Importa por vezes olhar para trás e analisar por nós próprios o que há de bom ou de mau. Quais as escolhas correctas do nosso ponto de vista e quais as incorrectas. A vida, se a olharmos de trás para a frente, mais não é que uma tela, onde foram muitos os acontecimentos. Uns mais vinculativos que outros. Dessa análise podemos, por vezes, constatar que o que era verdade num tempo, deixa de o ser actualmente. O “sentir” de ontem, já não é igual ao de hoje…
Porquê? Tantas são as razões!
Durante a nossa existência, são muitas as pessoas com que nos deparamos. Com umas criamos laços, outras nem por isso. De todas elas, algo damos e retiramos.
Algumas, estão connosco breves instantes se considerarmos a longevidade natural do ser humano. A vida trata de nos arrancar sem qualquer aviso, essa convivência da qual tanta comunicação foi transmitida. Resta-nos aprender a viver com a ausência… e, mais uma vez, o que antes era adquirido … desaparece!
Outras, aquelas pelas quais punhamos “as mãos no fogo”, mas acabamos queimados. Resta a assimilação da nova realidade e, enfrentá-la como melhor conseguirmos. Outras ainda, presenteiam-nos com a sua presença, mesmo que longe. Essas são aquelas que pouco existem e que, na maioria das vezes, nos acompanham desde a infância.
Estes são extremos das nossas convivências e aprendizagens enquanto seres individuais mas sociais.
Que temos em comum?
Apenas duas coisas: Todos temos um fim que nos espera!
Todos buscamos a vida inteira aquilo a que chamamos FELICIDADE!
Conceito abstracto que vive de formas diferentes em seres diferentes e que muitas vezes, mais não é que um momento ou, vários momentos. A diferença está no espaço de tempo de duração dos mesmos.
Como gerimos toda esta panóplia de informação?
Não há receita! Cada um da forma que lhe for mais “confortável”!
terça-feira, setembro 04, 2007
Reencontro
Com uma educação que lhe havia proporcionado a aprendizagem de um instrumento musical, nomeadamente o piano, os caminhos da vida levaram a que houvesse um afastamento progressivo desse trilho. A musica clássica que outrora fizera parte das suas preferências tinha tomado uma posição bastante longínqua. Sentia a sua ausência mas não era questão que a preocupasse de momento.
Numa das suas tardes livres, deambulava por uma loja quando de repente aos seus ouvidos chegou um som há muito ausente da sua vida. Seguindo a audição foi encontrar alguém concentrado no teclado do piano que tocava. Percebeu que naquele momento e, para aquela pessoa, nada mais existia senão ele próprio, o instrumento e a melodia que lhe saía das mãos. Procurando não fazer qualquer barulho, aproximou-se e ficou parada ouvindo, vendo e sentindo aquela sensação agradável que há tanto tempo a deixara. Sem se aperceber, também ela fazia parte daquele grande espaço onde se fazia sentir uma cumplicidade entre dois estranhos. Ambos estavam fora deles mesmos, cada um sentia aquele momento à sua maneira em função das suas vivências interiores.
Foi nesse momento breve e a ouvir aquelas notas que se deu conta que o tempo se tinha encarregado do afastamento, mas o sentimento que a ligava áquele instrumento, áquele som e aos movimentos quase mecânicos das mãos percorrendo um teclado, permanecia igual!
Foto: Alexandra
sábado, setembro 01, 2007
Obrigado!
quarta-feira, agosto 29, 2007
Desvios.
Viveu pelos caminhos cinzentos, correu, pulou, saltou, gritou, riu... nos brancos bancos, sentou-se, deitou-se, sonhou... em passinhos pequeninos, seguiu até onde a deixaram. Depois... esquerda ou direita? Ops, nem uma nem outra, deixou-se simplesmente levar, carregando bem dentro de si imagens e sensações que não queria perder!
Delas se alimentou até um dia voltar.
Mais uma vez viveu e, sentada, recordava tudo o que havia sido bem guardado. Deslumbrada, nunca pensou que o sonho poderia acabar. Como acabar? Se tinha voltado e conquistado de novo a paz!?
Sem saber como, viu-se de novo afastada. Desviou-se? Desviaram-na? Ou, simplesmente, de novo se deixou levar?...
Foto: Alexandra
Tempo de agradecer!
segunda-feira, agosto 27, 2007
Anos Depois...
Talvez alguns conheçam, outros não. Provávelmente nem ouviram falar.
José Cid, com todo o respeito pela pessoa, não é dos músicos que goste de ouvir. No entanto, corria o ano de 1978, lançou este album. Um LP pouco conhecido no nosso pais, mas reconhecido no estrangeiro (para variar...)!
Tenho-o em vinil mas... o gira-discos... já deu tudo quanto tinha a dar. Assim, muitos anos se passaram sem que me fosse possível voltar a ouvir estas composições musicais que, para a época, estão extraordinárias!
Finalmente, consegui-o em CD!
Realizado todo ele à base de sintetizadores, tem felizmente, extraordinários solos de piano e guitarra.
Ao voltar a ouvir e a ler nomes como: Ramon Galarza, Zé Nabo, Mike Sergeant e José Cid, lembrei-me não só, do que eles eram naquela altura, como também de outros nomes que fizeram e alguns ainda fazem, carreira no meio artistico. Eu criança e eles adolescentes, já a entrarem para o jovem adulto, ainda me foi possível ter uma convivência muito envergonhada, junto de algumas pessoas desta geração, da qual guardo uma recordação muito salutar. Hoje, vou sabendo, espaçado no tempo, das suas vidas por fonte segura. A única e querida ligação que ainda perdura como se irmãs fossemos!
Todavia, e apesar do tempo percorrido, a mensagem que pretende ser passada através da letra destas músicas, continua actualizadíssima. Quero com isto dizer que, afinal, o mundo não aprendeu NADA!!!
sábado, agosto 25, 2007
Espelho...
quarta-feira, agosto 22, 2007
Saudade
Não quero deixar de dar ênfase ao comentário de uma amiga que achei delicioso.
A Saudade, esse sentimento que conhecemos e que está acima de tudo, ligado ao emocional de cada um de nós. Saudade de um objecto, de uma vivência, de uma pessoa, de um acontecimento... com conotação variável consoante a emoção vivida.
Saudade, essa palavra tão ambivalente e que não pode ser traduzida por ter um signíficado intensamente subjectivo. Todavia por lhe estar inerente essa subjectividade, é alvo das mais variadas interpretações poéticas ou não. Deixo uma que me foi oferecida e que achei linda:
"A casa da saudade chama-se memória: é uma cabana pequenina a um canto do coração."Autor: (Henrique Maximiliano Coelho Neto - 1864/ 1934).
Foto: Alexandra
sexta-feira, agosto 17, 2007
Imagens
terça-feira, agosto 14, 2007
segunda-feira, agosto 06, 2007
Já volto
domingo, julho 29, 2007
Somewhere Only We Know
Sonhos e segredos que habitam em cada um de nós...
Tenham uma óptima semana!
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Tradução razoável.
sexta-feira, julho 27, 2007
Palavras.
«Não somos nómadas isolados... "Não há terra da promissão fora do corpo da palavra", escreve Eugénio de Andrade. Se não há um TU não há um EU. A palavra há-de circular, há-de partilhar-se como um eco que responde a outro eco...»
Palavras de Maria João Seixas ao livro LUZ DESARMADA, de José Augusto Mourão.
Estas pequenas/grandes palavras fazem lembrar a comunicação cultural naturalmente feita entre gerações. Porque há um TU e porque há um EU, o eco vai sempre tendo resposta, transmitida ao longo do tempo.
Bom fim de semana!
Imagem: La promenade, Renoir.
terça-feira, julho 24, 2007
Belezas inesquecíveis.
Bolero de Ravel. Magnífico!
O corpo como veículo de transmissão de tão bela melodia através do bailarino Jorge Donn. Encantador!
A última parte do filme Les Uns Et Les Outres, aqui reproduzida e coreografada por Maurice Bejart.
Uma das imagens jamais esquecidas pela sua beleza, não obstante ter visto o filme há já vários anos.
sexta-feira, julho 20, 2007
Crepúsculo.
- Gosto muito dos pores de sol...
- Mas primeiro temos que esperar...
-Esperar o quê?
-Esperar que o sol se ponha.
(...)
- Um dia vi o sol pôr-se quarenta e três vezes!
E pouco depois. acrescentaste:
- Sabes ... quando se está muito, muito triste, é bom ver o pôr do sol..."
Saint-Exupéry, Antoine de, O Principezinho, pp.26.
Um dia, uma utente que atendi logo pela manhã, vendo que não estava nos meus melhores dias, disse-me:
- Vá lá fora, olhe para o sol, feche os olhos e fique assim um bocadinho. Vai ver que o seu problema vai desaparecer.
Sorri e agradeci-lhe!
Ainda há "principezinhos" na vida real, felizmente!!!
Bom fim de semana!
segunda-feira, julho 16, 2007
Comunicação
Depois de algum tempo percorrendo o mundo da blogosfera, começamos a dar-nos conta de que, como seres comunicantes que somos, este é mais um meio que está ao nosso dispôr para estabelecer "contactos".
Todos comunicamos da forma que mais fácil se torna para cada um. Uns escrevendo textos mais profundos, outros menos, usando a poesia ou a prosa, fazendo textos de ficção ou, por vezes, usando o próprio material psicológico para construir um texto com algum fundo de verdade para o próprio, sendo que a ficção se pode enquadrar também neste último contexto. Muitos de nós usam ainda o meio visual com ou sem palavras... no fundo, a maioria das vezes, damo-nos conta de que somos, ou podemos ser, o espelho uns dos outros.
Contudo, para que exista de facto a comunicação desejada, é necessário que exista reacção da outra parte.
Um dia, ofereceu-me uma amiga minha um livrinho, muito pequenino e simples, mas muito lindo. Pensando nele e no assunto que atrás expus, resolvi deixar um excerto, que penso ser característica de todos nós.
"A comunicação não começa
com ambas as pessoas a falar
ao mesmo tempo.
O primeiro gesto
Tem de partir de uma delas
Alguém tem de atirar a primeira bola."
Contextos reais, ficções, estrutura poética, prosa, etc, etc, etc, cada um atira a sua bola. O resto, a verdadeira comunicação, vem a seguir!
Obs: Mamoru Itoh, " Quero falar-te dos meus sentimentos", Entre Letras Editora, 2ª. edição.
sábado, julho 14, 2007
~~~~~~
Disse-me quem viu, que Maria João Pires tinha a característica de "pairar" enquanto tocava quando comparada com outros pianistas. Descobri que assim era de tanto a ouvir/ver a ela e a outros que me foram oferecidos por quem tinha tanta sabedoria!
"Embrulhem-se" porque é LINDO!
quarta-feira, julho 11, 2007
... ... ...
sábado, julho 07, 2007
Sonhos de verão.
Manhã muito cedo, entrada no barco. Barco? Bote! Para usar a terminologia natural da zona. O sol queima mas o motor que empurra a embarcação não dá tempo a que se sinta o calor. A água que salpica e atinge quem lá vai causa arrepios.
Saída do molhe e surgem praias salpicadas ao longo da costa. Do outro lado, o horizonte por companhia. Mãos que experimentam a temperatura da água... fria, quente? Quente nunca poderia ser, mas a esperança da temperatura amena não se perde!
Os minutos passam, a viagem continua. O vento é pouco, a corrente não é muito forte e a chegada é rápida. Necessária a manobra para entrada na enseada. Há que ter cuidado com as rochas que parecem profundas mas, enganam. Confiança acima de tudo porque o "marinheiro" sabe o que faz!
Finalmente a fateixa é lançada e a embarcação fica presa.
Em redor nada mais que água e rocha. Lá no alto, o céu azul. O grito das gaivotas zangadas com tão inoportunas visitas. O sol que entra pelos rasgos do tempo na natureza, incide sobre a água fazendo reflexos nas paredes rochosas e inundando de luz as mais variadas zonas de água límpida, deixando ver o fundo!
Não há água fria que seja superior à vontade de nadar no meio daquela coloração natural. À caída à água, um choque térmico que provoca gritos. O eco faz-se ouvir e, de repente, é-nos devolvida a nossa própria voz.
Sonho? Realidade? Um pouco das duas coisas para quem pôde usufruir destas belezas naturais!
O vento norte faz-se sentir! É tempo de voltar a terra. No caminho, a espuma do mar beija os corpos já cansados mas felizes...
Fotografia: Alexandra, Ponta da Piedade, Lagos, Algarve.
quinta-feira, julho 05, 2007
Percurso de vida
" Na Holanda, empenhou-se de alma e coração em tornar-se um pintor camponês (...)« Vou passar despercebido pois estou com tamancos calçados», comentou ele,e: «Temos que arriscar tudo na arte.» Para se enquadrar no meio das figuras esqueléticas que povoavam as suas vizinhanças, passou a andar desleixado, a dormir em cima de palha e a contentar-se com côdeas de pão. «Ao dizer que sou um pintor camponês, estou a falar num sentido literal», assegurou ele a Theo (Carta 400)".
Gogh, Van, Obra Completa de Pintura, Ingo F. Walther, Reine Metzger, Taschen Edit.
quarta-feira, julho 04, 2007
Desafio - Página 161.
Então vamos lá:
Pegam no livro mais próximo (não necessáriamente o que estão actualmente a ler).
Abrem na Pág. 161.
Procuram a 5ª frase completa.
Colocam a frase no vosso blogue ou como comentário no meu.
Não vale procurar o melhor livro que têm, usem o mais próximo.
Passar o desafio a cinco pessoas.
Livro: 102 minutos, Editorial Presença, Edição de 2005.
Frase: " Um supervisor-adjunto de segurança, conduziu uma equipa de bombeiros até ao 22º. piso na esperança de os libertar."
Comentário de Dona-Redonda:
"Fernando. Salomão. Directora. Chamaram uns pelos outros, quando a Monitora deu com ela na casa de banho do entreforro."
Livro: "A Sopa" de Filomena Marona Beja.
Comentário de Pedro Arunca:
"Para depois subir a pulso
O mundo"
Livro: Antologia Pessoal*100 Poemas de Maria Teresa Horta .
Comentário de M. José, "Além do horizonte".
"E entre prados, suaves, pacientes,surge a pálida faixa dum caminho, deitado ali como longo coradouro."
Livro: Poemas - As elegias de Duino e sonetos a orfeu(R. M. Rilke)Prefácio,selecão e tradução de Mº Quintela)- O oiro do dia - set1983.
Além do horizonte ( http://alem-do-horizonte.blogs.sapo.pt/ )
Caminhos dos Contos ( http://caminhodoscontos.blogspot.com/)
Dona-Redonda ( http://dona-redonda.blogspot.com/ )
Pedro Arunca ( http://pedroarunca.blogspot.com/ )
Selos Difusos ( http://selosdifusos.blogspot.com/ )
domingo, julho 01, 2007
100º post.
Tempos houve em que procurava música atrás de música anteriormente aconselhada. Não descansava enquanto não encontrava o que queria. Posteriormente ouvia e "discutia" entre outras coisas tempos, minuto a minuto, segundo a segundo...
Hoje, olho somente para os escaparates. Não procuro nada em especial, limito-me a varrer com o olhar o que diante de mim se apresenta. Se algo me despertar a atenção, visiono com mais cuidado. Compro ou não, muitas vezes conforme a disposição e/ou disponibilidade.
Perguntei a alguém um dia porque ouvia esta ou aquela música se lhe trazia imagens mais marcantes e pouco apaziguadoras. A resposta foi algo do género: Doi ouvir mas, são lindas!!
Correndo o olhar por um escaparate de música algo me despertou a atenção. Verifiquei e comprei. Quando o ouvi em casa, percebi através do mar dos olhos, o porquê da resposta que me tinha sido dada.
Doi ouvir, mas ... apesar das lembranças poderem magoar, surgem também sensações de saudade mas com um sabor agradável. Palavras que foram ditas, alegrias transmidas, percepções da mesma realidade... sensações que não voltam mas que ficam para sempre guardadas!
Agradecimentos.
quarta-feira, junho 27, 2007
Espirais de memórias.
O movimento ascendente e descendente estamos constantemente a fazê-lo.
O nosso inconsciente mais não é que uma escada em espiral, cada vez mais profunda à medida que avançamos na idade. Nas galerias vamos guardando as memórias de vivências, factos, acontecimentos que nos acompanham nesta caminhada. Os mais vincados e perturbadores estão bem guardados nos lados mais escuros. Só lá vamos acompanhados e de preferência, em boas mãos. Os que podemos aceder estão escondidos nos nichos iluminados e que por vezes, se abrem para nos dar a imagem já antes vivida. De brincadeiras de crianças, de sonhos de adolescente, de entes queridos mas que já não estão entre nós. Nessa altura sorrimos ao lembrar…
Tudo vai sendo construído. Pedra sobre pedra!
Por vezes sentimos que essas pedras podem desfazer-se a qualquer momento e, algumas desfazem-se, mas continuamos sempre … construindo, guardando, recolhendo e voltando atrás para recordar!
Este é o mundo dos sonhos que podem ser escuros ou cheios de cor. Basta escolher qual o nicho onde queremos entrar.
Por estranho que pareça, ou não… conforme “envelhecemos”, o que agora nos parece escuro começa a ter cor. Ou seja, as memórias predominantes serão as que estão no fundo da espiral.
Não é o princípio do fim.
É somente o retorno à essência!
O OUTRO LADO
segunda-feira, junho 25, 2007
Seguimento.
Cada um terá as suas razões para fazer as escolhas mas, tal como ele, acho que é sempre difícil nomear quem quer que seja visto que, de certeza, haverá quem contra nossa vontade não possa ser presenteado. Mas a baliza numérica não é grande ajudante. No entanto, a escolha tem que ser feita se queremos dar continuidade ao que nos foi oferecido.
Assim e no meu caso, as atribuições serão feitas aleatoriamente e de acordo com variadas componentes como sejam a escrita, os temas, etc, que possam de alguma forma fazer uma simbólica ponte comigo. Associado a estas características, a escolha incidiu também nas pessoas que há mais tempo me acompanham.
As escolhas serão:
sexta-feira, junho 22, 2007
Duas formas de arte.
"Em arte, procurar não significa nada. O que importa é encontrar."
Picasso , Pablo
Como alguém me dizia... "embrulhem-se" na musica e na pintura. Depois, ENCONTREM o que para vós é importante.
BOM FIM DE SEMANA!
Musica: Wim Mertens, album: Partes extra partes.
quinta-feira, junho 21, 2007
TBA
Desta vez veio da Alexia do blog REINVENÇÃO (http://alexiaa.blogs.sapo.pt/).
Desta feita fui presenteada com um TBA… provavelmente perguntar-se –ão o que é um TBA… pois é, eu também fui procurar. O TBA, não é mais do que a sigla de Thinking Blogger Award. Assim sendo e de uma forma ternurenta fui “eleita” pela Alexia como alguém que tem um blog que convida ao pensamento. E, as suas palavras no seu canto são lindas… fiquei babadíssima!!!
Como podem ver não há selinho. Existe simplesmente a ideia e de forma latente, como eu gosto. Foi assim que me foi oferecido, é assim que o aceito!
Mas, não ficou por aqui. Deixou também no seu espaço uma música que supôs e muito bem, que eu gostasse. Não será preciso dizer que já a ouvi n+1 vezes… Aqui fica ela. Quem a quiser ouvir, basta clicar.
Foi um gesto que apreciei imenso e que aqui queria deixar assinalado. Com surpresas destas, até um dia de chuva se transforma num segundo, num belo e luminoso dia de sol!!!
Obrigado Alexia!!!
É sempre difícil escolher quem queremos nomear porque fica sempre alguém de fora. No entanto, deixo dois blogs que gosto muito por diferentes razões. Outras pessoas gostaria de nomear mas, sei que já foram contemplados noutra altura. Os blogs que se seguem não tenho a certeza de terem já aderido a esta “corrente”. Foi também com base nesse facto que os escolhi.
SELOS DIFUSOS - http://selosdifusos.blogspot.com/
CADINHO ROCO - http://cadinhoroco.loginstyle.com/
Por fim, gostaria de dizer para não se sentirem obrigados a dar continuidade. Aceitem como um mimo :))
domingo, junho 17, 2007
Non sense...
Quem nos manda a nós termos esta capacidade? Bem que por vezes dava jeito o vácuo. Mas ele teima em não chegar. E se não chega, continua a divagação por lugares, acontecimentos, factos, realidades, perguntas que não têm resposta … tentativas de dar significado ao que já não tem sentido, flores que nasceram e morreram mas das quais já nada mais emerge.
O melhor é pegar num livro, qualquer que ele seja e tentar que as palavras não comecem também a voar…
Sim, é uma forma de alienação, uma forma de atrasar o que tem que ser esmiuçado… paciência, às vezes também é preciso!
Imagem: Manet, Woman Reading
sábado, junho 16, 2007
Testemunhos passados.
O Jorge do blog “Jorge Moreira” http://jorgemoreirashakti.blogspot.com/ deixou-me um convite para participar nesta corrente que, não foi satisfeito por mim na altura correcta por razões particulares, mas não querendo deixar de participar, aqui deixo …
O meu MEME! (http://pt.wikipedia.org/wiki/Meme)
Retirei-o de palavras de Fernando Pessoa:
Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não".É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...