O que é de uma simplicidade extraordinária pode, por vezes, ter um significado imenso.
Não sei quantas vezes olhei para este enquadramento ao longo da minha existência, também não sei quantas vezes este monumento me viu passar... terei olhado e nada me disse? Ou teria agora mais razões para reparar nesta beleza?
Embora não seja católica praticante, nem me reveja nos ensinamentos deste símbolo, andava pela rua apinhada de gente quando de repente esta imagem surgiu e me fez voltar quase em simultâneo ao quotidiano longinquo e actual. Aquele que, em férias, não me é possível ter pelas razões mais insignificantes ... porque são férias e queria afastar-me do que me acompanhou durante os últimos tempos, porque estava mais acompanhada e a atenção era necessáriamente desviada... tantas possibilidades!
Ao ser despertada por esta imagem surgiram saudades dos pequenos gestos que me caracterizam. Percebi, naquele instante, que não vale a pena tentar fugir do que quer que seja. Ideia, pensamento, constatação, pertencente ao passsado/ presente.
Um simples olhar, trás-nos de volta imagens sensitivas que ficam para sempre guardadas e que emergem, através de um estímulo que, na maioria das vezes, acompanhado de outras componentes, nos mostra aquilo que para cada um de nós é importante.
Foto: Alexandra
9 comentários:
Um simples olhar, como dizes, precisa do momento certo(aquele que ninguém sabe que vai acontecer!)para ser uma imagem - A Imagem.
Foi assim que me ensinaram:)
Espero que estejas bem, um beijinho enorme*
Um olhar, um lugar e tudo vira mágica.
Beijos de conto.
Memórias... é bom tê-las...
E é bem verdade o que afirmas. Quase sempre...
Por muito que eu tente relativizar a verdade é que não ha mesmo como "fugir" de certas coisas...detesto quando um lugar se torna incomodativo só por causa de memorias mais dolorosas, tento não usufruir dos locais por causa disso mesmo...não va dar-se o caso no futuro de o associar a um mau passado!
Beijo personalizado:))
SAUDADE,
beijo
isabel
"A casa da saudade chama-se memória: é uma cabana pequenina a um canto do coração."
Autor: (Henrique Maximiliano Coelho Neto - 1864/ 1934)
Muito nos dizem estas palavras!
Acredito que as pessoas mudam mas há sempre aquele ponto onde a essência do que somos está formada. E essas raízes prender-nos-ão sempre. E quando não houver mais nada, temos essa essência. Um simples cheiro, um som, uma imagem.... e conseguimos voltar atrás como se um tempo intermédio nunca tivesse existido. Como tão bem dizes, isto "mostra aquilo que para cada um de nós é importante."
Mesmo de férias não resisti. Além disso tinha prometido ir dando novas. Talvez desta vez tenhas olhado com outros olhos e com outro sentimento.
A música que a acompanha, faz com que sinta uma força incrível.
Bjos
Lena
P.S-Sabes dizer-me o que se passa com o A.S? o que é aquele post a dizer FIM?
tu e os sinos...! Afinal também tens o teu cantinho...!
mano
Que bem dizes da simplicidade. E que alegria ter-te no primeiro lugar das minhas simples coisas! Beijinho
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