Saiu de casa e em passo rápido tomou o caminho da praia. O vento forte alimentava-lhe a força. Afinal, haviam tantas coisas mais fortes e devastadoras … não era a natureza que a ia impedir de fazer fosse o que fosse.
O som do mar começava a fazer-se ouvir cada vez mais forte à medida que se aproximava. Avistando as ondas, deixou-se ficar, sentindo o ar forte e salgado. Mas, não chegava!
Desceu as escadas e entrou na praia vazia dirigindo-se para a rebentação.
Tantas perguntas a fervilhar… tantos sentimentos numa amálgama!
Caminhou até sentir a água . Precisava de sentir aquela força, precisava de sentir o frio, a espuma a saltar e a molhar-lhe a face quente!
Sabia que não valeria a pena entrar e deixar-se levar. Passada a rebentação nada mais teria que fazer senão nadar. Aí não havia nada com que lutar, quanto muito ficaria passivamente ao sabor da vaga…
De olhos no horizonte, ali ficou sentindo a espuma a desfazer-se, ouvindo o som possante das ondas a rebentarem em si.
As incertezas não desapareceram, as perguntas não deixaram de existir, mas era como se houvesse uma simbiose entre a sua fúria e a do mar. Finalmente, encontrara uma luta de igual para igual…
O som do mar começava a fazer-se ouvir cada vez mais forte à medida que se aproximava. Avistando as ondas, deixou-se ficar, sentindo o ar forte e salgado. Mas, não chegava!
Desceu as escadas e entrou na praia vazia dirigindo-se para a rebentação.
Tantas perguntas a fervilhar… tantos sentimentos numa amálgama!
Caminhou até sentir a água . Precisava de sentir aquela força, precisava de sentir o frio, a espuma a saltar e a molhar-lhe a face quente!
Sabia que não valeria a pena entrar e deixar-se levar. Passada a rebentação nada mais teria que fazer senão nadar. Aí não havia nada com que lutar, quanto muito ficaria passivamente ao sabor da vaga…
De olhos no horizonte, ali ficou sentindo a espuma a desfazer-se, ouvindo o som possante das ondas a rebentarem em si.
As incertezas não desapareceram, as perguntas não deixaram de existir, mas era como se houvesse uma simbiose entre a sua fúria e a do mar. Finalmente, encontrara uma luta de igual para igual…
Foto retirada de: 1000 Imagens, Autor: Sérgio Pinto.
13 comentários:
Escreves muito bem! Sempre que puder passo por aqui, porque sabes, sabe a mar!
Abraço,
Fernando Manuel
Que texto bonito!
O mar transmite coisas incríveis... até mesmo quando não se está em contacto com ele.
E repito... que texto bonito!
Entre a fúria do mar e tua... encontraram-se em pleno confronto!
Belo texto!
Magnifico!
Bom Domingo
Beijinhos da
Maria
Bom dia amiga,
O mar sempre inspirador!Um belo texto,em sintonia, inebriante do gigante das águas!
Beijos!!!
Isa
é uma revolta contra outra... acalma-nos...
as lutas de igual para igual são intermináveis, eternamente empatadas. Borges dizia que o nosso oponente (inimigo ?) nos faz falta para podermos existir...?!!! :-)
Beijinhos
o mar tem esse poder. e no fim acaba por nos libertar.
gostei do que li
boa noite
Qualquer coelho de água do mar tem medo.
Queres dar-me uma ajuda?
Coelhinho
Obrigada.
Sublime, comovente.
Beijinho*
Querida Amiga Alexandra,
O texto é (palavras precisam-se)... um espanto.
Fazer do mar a força que, por vezes nos falta, é uma coisa muito boa, bonita e, se tudo e todos somos provenientes da mesma ideação cósmica, todos transmitimos e retiramos força uns aos outros.
A propósito do que viveu há pouco tempo, com uma perda recente, queria deixar-lhe a indicação dum livro espantoso que talvez a ajude a compreender melhor a situação.
Título: "MORRER DE OLHOS ABERTOS"
Autora:Marie de Hennezel
Editora asa das Letras
Deixo-lhe um grande abraço
José António
Querida Amiga Alexandra:
É só para rectificar a Editora: Casa das Letras, e não asa das letras.
Um abraço
José António
É sempre uma surpresa agradável encontrar fotos minhas acompanhadas por palavras tão bonitas :).
Estes últimos dias têm sido de luta como a que descreves sobre a pessoa e o mar.
Obrigado!
SM
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