Junya Suzuki
É uma escada em caracol
E que não tem corrimão.
Vai a caminho do Sol
Mas nunca passa do chão.
Os degraus, quanto mais altos,
Mais estragados estão,
Nem sustos nem sobressaltos
servem sequer de lição.
Quem tem medo não a sobe
Quem tem sonhos também não.
Há quem chegue a deitar fora
O lastro do coração.
Sobe-se numa corrida.
Corre-se p'rigos em vão.
Adivinhaste: é a vida
A escada sem corrimão.
David Mourão- Ferreira
A força para voltar é pouca ou nenhuma.
Corrimões não existem e, por vezes, nem tão pouco degraus...
Contudo, as recordações deste espaço são muitas e, não queria de forma alguma deixá-las... não conto voltar com assiduidade, mas quero, acima de tudo manter este elo de ligação com muitas pessoas que foram e são importantes.
8 comentários:
Alexandra,
Como eu a percebo!! E mesmo que, como disse,assiduidade não seja a mesma de outros tempos é bom sabê-la de volta! Além disso belo poema e bem a propósito! ;)
Regresso, sim! Espero que sim!
beijinho
Eu cheguei até aqui pela DONA REDONDA ao falar tão carinhosamente de teu blog...
Por favor mantém este teu filho, será mais um bastião a ser mantido frente à ignorancia e a futilidade de tantas pessoas e blogues...
Poesia é sempre benvinda, é elixir pto coração.
:)) que o regresso seja sempre acompanhado com brisas doces...
Chegou com um belo poema e seja por mto ou pouco tempo o que importa é o momento...
Agradeço a passagem pelo parapeito.
brisas mansas para si****
Obrigado pela visita e espero não a desiludir como seguidora :)
"Escada sem corrimão"
Obrigada pela partilha deste poema, nunca o tinha lido!
Fico feliz pelo regresso da Alexandra, ao blog.
Eu penso que "a força de voltar" deve ser "muita" e não "pouca ou nenhuma".
Bjs
Bia
A escolha do poema e do poeta é excelente; o comentário idem.
Abraço
Regresse sim!
David Mourão Ferreira é sempre aliciante.
L.B.
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