quarta-feira, agosto 29, 2007

Desvios.


Viveu pelos caminhos cinzentos, correu, pulou, saltou, gritou, riu... nos brancos bancos, sentou-se, deitou-se, sonhou... em passinhos pequeninos, seguiu até onde a deixaram. Depois... esquerda ou direita? Ops, nem uma nem outra, deixou-se simplesmente levar, carregando bem dentro de si imagens e sensações que não queria perder!

Delas se alimentou até um dia voltar.
Mais uma vez viveu e, sentada, recordava tudo o que havia sido bem guardado. Deslumbrada, nunca pensou que o sonho poderia acabar. Como acabar? Se tinha voltado e conquistado de novo a paz!?

Sem saber como, viu-se de novo afastada. Desviou-se? Desviaram-na? Ou, simplesmente, de novo se deixou levar?...

Foto: Alexandra

Tempo de agradecer!


O Art, do Blog ATORDOADAS ( http://atordoadas.blogspot.com/ ) atribuiu a este "cantinho" o Prémio Blog solidário porque, segundo palavras dele, " A Alexandra é solidária com a ideia de que imagens podem falar mais que palavras."
Ele sempre o disse e, na realidade, não concebo escrever sem que haja pelo menos uma imagem visual que ilustre as palavras por vezes escassas.
ART, MUITO OBRIGADO!

segunda-feira, agosto 27, 2007

Anos Depois...


Talvez alguns conheçam, outros não. Provávelmente nem ouviram falar.
José Cid, com todo o respeito pela pessoa, não é dos músicos que goste de ouvir. No entanto, corria o ano de 1978, lançou este album. Um LP pouco conhecido no nosso pais, mas reconhecido no estrangeiro (para variar...)!

Tenho-o em vinil mas... o gira-discos... já deu tudo quanto tinha a dar. Assim, muitos anos se passaram sem que me fosse possível voltar a ouvir estas composições musicais que, para a época, estão extraordinárias!
Finalmente, consegui-o em CD!
Realizado todo ele à base de sintetizadores, tem felizmente, extraordinários solos de piano e guitarra.

Ao voltar a ouvir e a ler nomes como: Ramon Galarza, Zé Nabo, Mike Sergeant e José Cid, lembrei-me não só, do que eles eram naquela altura, como também de outros nomes que fizeram e alguns ainda fazem, carreira no meio artistico. Eu criança e eles adolescentes, já a entrarem para o jovem adulto, ainda me foi possível ter uma convivência muito envergonhada, junto de algumas pessoas desta geração, da qual guardo uma recordação muito salutar. Hoje, vou sabendo, espaçado no tempo, das suas vidas por fonte segura. A única e querida ligação que ainda perdura como se irmãs fossemos!

Todavia, e apesar do tempo percorrido, a mensagem que pretende ser passada através da letra destas músicas, continua actualizadíssima. Quero com isto dizer que, afinal, o mundo não aprendeu NADA!!!

Entre a bruma densa
Da manhã que quer romper
O Planeta Terra já não pode mais viver
Uma nuvem de cimento e de betão
Que lhe rouba a luz e a razão
(...)
Primeira estrofe da faixa nº. 1, intitulada "O último dia na terra".

sábado, agosto 25, 2007

Espelho...

Degas, Toillete, Pastel
Por vezes à noite há um rosto
Que nos olha do fundo de um espelho
E a arte deve ser como esse espelho
Que nos mostra o nosso próprio rosto.
Jorge Borges
Bom fim de semana!

quarta-feira, agosto 22, 2007

Saudade



Não quero deixar de dar ênfase ao comentário de uma amiga que achei delicioso.

A Saudade, esse sentimento que conhecemos e que está acima de tudo, ligado ao emocional de cada um de nós. Saudade de um objecto, de uma vivência, de uma pessoa, de um acontecimento... com conotação variável consoante a emoção vivida.

Saudade, essa palavra tão ambivalente e que não pode ser traduzida por ter um signíficado intensamente subjectivo. Todavia por lhe estar inerente essa subjectividade, é alvo das mais variadas interpretações poéticas ou não. Deixo uma que me foi oferecida e que achei linda:


"A casa da saudade chama-se memória: é uma cabana pequenina a um canto do coração."Autor: (Henrique Maximiliano Coelho Neto - 1864/ 1934).


Foto: Alexandra

sexta-feira, agosto 17, 2007

Imagens


O que é de uma simplicidade extraordinária pode, por vezes, ter um significado imenso.
Não sei quantas vezes olhei para este enquadramento ao longo da minha existência, também não sei quantas vezes este monumento me viu passar... terei olhado e nada me disse? Ou teria agora mais razões para reparar nesta beleza?
Embora não seja católica praticante, nem me reveja nos ensinamentos deste símbolo, andava pela rua apinhada de gente quando de repente esta imagem surgiu e me fez voltar quase em simultâneo ao quotidiano longinquo e actual. Aquele que, em férias, não me é possível ter pelas razões mais insignificantes ... porque são férias e queria afastar-me do que me acompanhou durante os últimos tempos, porque estava mais acompanhada e a atenção era necessáriamente desviada... tantas possibilidades!
Ao ser despertada por esta imagem surgiram saudades dos pequenos gestos que me caracterizam. Percebi, naquele instante, que não vale a pena tentar fugir do que quer que seja. Ideia, pensamento, constatação, pertencente ao passsado/ presente.
Um simples olhar, trás-nos de volta imagens sensitivas que ficam para sempre guardadas e que emergem, através de um estímulo que, na maioria das vezes, acompanhado de outras componentes, nos mostra aquilo que para cada um de nós é importante.
Foto: Alexandra

terça-feira, agosto 14, 2007

Interregno

"A quem adorava a côr..."

Um breve post a meio das férias.

Beijos e abraços :)

Foto: Alexandra

segunda-feira, agosto 06, 2007

Já volto

Não vou cá vir durante uns dias mas... ficam convidados a nadar, mergulhar, brincar... nestas belas águas azuis e cheias de sol.
Só não há autorização para pescar.... porque não há peixinho :))
BOAS FÉRIAS

Foto: Alexandra