domingo, dezembro 21, 2008

FELIZ NATAL



Uma vez que não gosto das músicas tradicionais de Natal, deixo esta singela e velhinha canção cantada por uma grande voz.


DESEJO A TODOS OS QUE AQUI PASSAM UM ÓPTIMO NATAL!!

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Música



John Miles - "Music" (was my first love) - live 1985

Music was my first love

and it will be my last.

Music of the future

and music of the past.

To live without my music

would be impossible to do.

In this world of troubles,

my music pulls me through.

Instrumental

........

Procurei esta música várias vezes. Um dia encontrei!

Ouvi-a inúmeras vezes... adorava-a e continua a fazer parte das que mais me transmitem uma simbologia muito peculiar.

Afinal, poucas são as palavras, muita e rica a orquestração, mas a realidade está cá. Nua e crua!!

Music was my first love, and it will be my last!!

terça-feira, setembro 16, 2008

. . . . . . .


Talvez caindo em repetição mas não em obsessão, acabo por constatar o grande espaço de tempo que permeia entre um post e o seguinte. Há muito que não escrevo, nem aqui nem em qualquer outro local. Somente nestas alturas se percebe o quanto podemos mudar. Muitas vezes, não porque queremos, mas porque assim nos é exigido.

Contudo, embora distante da escrita, o mesmo não se passa com as palavras. A leitura, continua a ser o que me permite a tão “desejada alienação”.

Através dela podemo-nos ver ao espelho ao encontrar palavras que nos tocam pela sua sensibilidade e quase “colagem” no que se refere a sentimentos que nos trespassam. Um bom exemplo - e falando em termos genéricos – é o extracto que deixo em seguida.
" A verdade, como o silêncio existe apenas onde não estou. O silêncio existe por trás das palavras que se animam no meu interior, que se combatem,se destroem e que, nessa luta, abrem rasgões de sangue dentro de mim. Quando penso, o silêncio existe fora daquilo que penso. quando páro de pensar e me fixo, por exemplo, nas ruínas de uma casa, há vento que agita as pedras abandonadas desse lugar, há vento que trás sons distantes e, então, o silêncio existe nos meus pensamentos. Intocado e intocável. Quando volto aos meus pensamentos, o silêncio regressa a essa casa morta. É também aí, nessa ausência de mim, que existe a verdade."
Peixoto, José Luís; Cemitério de Pianos, pp123.
Manet, Young girl in the garden

segunda-feira, julho 28, 2008

Boas Férias!




Ora pois é!
A minha filhota com 4 aninhos. Hoje tem 12 e, mais uma vez, porque pelos filhos fazemos tudo, cá vou para mais umas férias. Provávelmente não será, para mim, o nome mais indicado para atribuir a esta altura mas... estes seres humanos a quem demos vida têm todos os direitos. Pelo menos que ela tenha férias!

A TODOS, sem excepção, que por aqui têm passado e que deveria ter visitado, deixo o meu muito obrigado. Não estão esquecidos, simplesmente o ânimo para escrever e visitar é muito pouco, ou nenhum!

Desejo-vos óptimas férias!!!

Até breve.

quinta-feira, julho 24, 2008

Diferença



Gotan Project - Diferente

En el mundo habrá un lugar
para cada despertar
un jardín de pan y de poesía
Porque puestos a soñar
fácil es imaginar
esta humanidad en harmonía
Vibra mi mente al pensar
en la posibilidad
de encontrar un rumbo diferente
Para abrir de par en par
los cuadernos del amor
del gauchaje y de toda la gente
Qué bueno che , qué lindo es
reírnos como hermanos
Porqué esperar para cambiar
de murga y de compás.

domingo, junho 15, 2008

O resto é nada...

" (...) não retires ao tempo que deve ser de oração o tempo de vãos pensamentos, tais são esses, a real vontade de teu pai e senhor nosso quis que se levantasse o convento, a mesma real vontade quer que vás para Espanha e o convento não vejas, só a vontade de el-rei pravalece, o resto é nada, Então é nada esta infanta que eu sou, nada os homens que vão além, nada este coche que nos leva, nada aquele oficial que ali vai à chuva e olha para mim, nada, Assim é, minha filha, e quanto mais se fôr prolongando a tua vida, melhor verás que o mundo é como uma grande sombra que vai passando para dentro do nosso coração, por isso o mundo se torna vazio e o coração não resiste, oh, minha mãe, que é nascer, Nascer é morrer, Maria Bárbara."

In Memorial do Convento, Saramago, José ; pp. 316

quarta-feira, junho 04, 2008

Amigos



Me Dijo Una Tarde
Me disse uma tarde
da Primavera:
Se buscas caminhos
em flor pela terra,
mata tuas palavras,
ouve tua alma velha.
Que o mesmo alvo linho
que te vista seja
teu traje de luto,
teu traje de festa.
Ama tua alegria,
ama tua tristeza,
se buscas caminhos
em flor pela terra.
Respondi à tarde
da Primavera:
Disseste o segredo
que em minha alma reza:
odeio a alegria
por ódio às penas.
Mas antes que pise
tua florida senda,
quisera trazer-te morta
minha alma velha.

António Machado
Por vezes, já esquecidos de tanto tentar esquecer, algo ou alguém nos surge com simples palavras mas grandes gestos. Não os esperamos, mas adoramos recebê-los... a vida torna-se um pouco menos pesada e o sorriso surge!

Este poema/ sorriso devo-o ao meu amigo RPM do blog
Pontos de Vista que me tem acompanhado desde que abri este espaço. São raras as vezes que nos visitamos, mas os gestos de amizade perduram, mesmo que espaçados no tempo!

domingo, maio 25, 2008

ERA UMA VEZ


Uma menina que na sua inocência, pegava num molhinho de flores silvestres, enquanto olhava ao longe o mar…
A fotografia mostra-a de costas, com os cabelos atados com uma fitinha vermelha, as flores, essas são de pétalas brancas. O vento fustiga-lhe o rosto… nota-se pelo movimento captado no cabelo e na roupa… o que estará ela a pensar?!
Algo de importante? Ou, como todas as crianças daquela idade, somente naquele instante, o aqui e agora? Ou, como será o seu dia de escola no dia seguinte?
Ainda pode sonhar... ainda lhe é permitido sonhar com o mundo encantado! Tem uma vida toda à sua espera...
Hoje, à mulher que foi menina e que se olha de costas através de uma película fotográfica, coloca-se a questão:
São tantas as escolhas que nos são dadas… tantos os caminhos que podemos optar…tantos os erros que podemos cometer e que não têm retrocesso...
Afinal, somos nós que fazemos a vida ou, é a vida que nos faz a nós???
A resposta continua por encontrar...

quarta-feira, maio 07, 2008

Acerca da perda.

Fotografia: Susana Carrasco, 1000 Imagens

Não se perdeu nenhuma coisa em mim.
Continuam as noites e os poentes
Que escorreram na casa e no jardim,
Continuam as vozes diferentes
Que intactas no meu ser estão suspensas.
Trago o terror e trago a claridade,
E através de todas as presenças
Caminho para a única unidade.

Sophia de Mello Breyner Andresen

É um poema lindo, sem dúvida. Mas... neste mundo em que tudo procuramos e, por vezes, nada encontramos, será que algo de nós não se perde também?!

sábado, abril 26, 2008

Oxygéne


Jean Michel Jarre, é sem dúvida, um dos músicos mais extraordinários do mundo. Vanguardista, dotado de uma enorme capacidade de inovar, tanto a nível de composição musical, como em criar um mega espectáculo de música.(…)>a>




Paris, La Defense (1990), Rendez Vous, Laser Harp


(…) habitualmente só actua ao ar livre para milhões de pessoas, em lugares históricos à volta do mundo, escolher os Coliseus para apresentar o espectáculo completo do Oxygene é um momento raro (…)


(…)O regresso surge na altura em que comemora os 30 anos do lançamento do clássico Oxygène.



Um pioneiro na música electrónica que nos presenteou com um espectáculo fantástico.

Para quem conhece as suas apresentações, decerto pensou que poderia ver de tão especial num espaço tão reduzido…


Nada de especial mas… com pouco se pode ir muito longe!


Usando apenas instrumentos de há 30 anos, precisamente a idade do referido álbum e com uma simplicidade extrema a nível de palco ( apenas algumas luzes e um espelho que obliquamente reflectia teclados e todo o trabalho que é feito para a indução do som ouvido) fez a delícia da sala. Para quem simplesmente gostava de ouvir as melodias há tanto ouvidas e, para aqueles que conseguiam identificar os sons ouvidos e quem os tocava. E, é tão bela essa descoberta!!!





É sempre agradável vermos rostos que, em principio, não pensamos ver perto de nós.

À saída, ouvi a habitual referência a intervenções plásticas que possam ou não ter existido para a aparência actual. Sinceramente, essa parte pouco me importa. O interesse reside simplesmente naquilo que de emocional, intelectual ou cognitivo ainda pode partilhar!

domingo, abril 13, 2008

O outro lado...



...

Without the mask

Where will you hide?

Cant find yourself,

Lost in your lies

...

domingo, março 16, 2008

Porque me faz todo o sentido!

No ponto onde o silêncio e a solidão
Se cruzam com a noite e com o frio,
Esperei como quem espera em vão,
Tão nítido e preciso era o vazio.
(Sophia M. B. Andresen)

sábado, março 08, 2008

Reflexão

Fragmento de Guernica, Picasso

Não sou professora nem espero vir a sê-lo. Todavia, foi com agrado que vi a manifestação de hoje se realizar. Professores em luta por várias coisas, entre elas, o sistema de avaliação…e porque não?
Não vou aqui tomar partido de quem quer que seja, mas sim reflectir um pouco sobre a problemática social que nos envolve a nós, portugueses.

Depois de ter sido informada sobre o novo sistema de avaliação na Função Pública, dei comigo a pensar… “bem, vamos de cavalo para burro!”
Não que esteja de acordo com a ausência de avaliação, isso seria uma forma de entrar na anarquia. Mas, existem sistemas de avaliação com os quais podemos ou não estar de acordo. Ao perceber definitivamente a avaliação que será proporcionada aos nossos docentes, acabo por perceber que toda a Função Pública sofrerá do mesmo mal. Cada ministério com as suas especificações e aferições aplicadas ao serviço em si mas, a base é a mesma. Ou seja, estamos a trabalhar para sermos designados por adequados ou inadequados (palavra, na minha perspectiva ofensiva). Bem, mas quem pode dizer que alguém é adequado ou desadequado? Vamos basear-nos em quê? É que o termo em si é demasiado subjectivo. Da subjectividade, como todos sabemos, só pode derivar mais subjectividade.

Desta forma, e porque por experiência própria, fui devidamente (para quem o fez) punida, porque não me sujeitei ao que me era proposto, se é que se pode chamar de proposta… dou por mim a pensar… “Se na altura em que lutei pelos meus direitos estivesse em vigor este sistema de avaliação, de certeza que estaria na faixa dos desadequados!”

Acontece porém que não me considero desadequada (faz-me lembrar os comportamentos desviantes definidos em psicologia…com a ressalva de que essa definição está bem delineada na área que evoco), somente, em determinada altura, resolvi por bem, acabar o que ainda não estava terminado. Como tal, e na altura em que poderia ter subido a quadro superior, acabei sendo transferida do serviço onde estava sem beneficiar de qualquer benesse. Se pensar nos moldes de hoje, por indecente e má figura, para onde ninguém quer estar. Já que nada podia fazer, aceitei o meu novo lugar de cabeça erguida. Tiraram-me muito, mas não me tiraram a minha forma de pensar!!

No entanto, ao ser confrontada com este sistema, verifico que a maioria das pessoas não tem a noção que a luta dos professores é, afinal, a luta de todos nós. Não posso fazer a análise de alguém simplesmente pelo resultado de uma bateria de testes (embora se faça). Muito mais conta, na minha forma de ver. Assim, como posso ser avaliada perante algo tão subjectivo como o sistema que se está a implementar?

Ao ver na TV alguém que se pronunciava sobre a problemática que hoje se verifica, ouço a seguinte ideia: “Não podemos continuar a ter as taxas de insucesso que hoje em dia vigoram!”
Totalmente de acordo!
Convém notar no entanto que aqueles que lutaram e tiveram aproveitamento ao longo da sua vida, chegam ao fim e, com um curso na mão, não têm emprego!

Perante tal constatação, provavelmente existirá algo em que pensar por forma a promover o equilíbrio entre todas as realidades.

Sendo apartidária, regendo-me somente pelo que reconheço digno ou não, correcto ou não, de acordo com os meus valores, considero esta manifestação algo de positivo. Quanto mais não seja, pela possibilidade de abertura de algumas consciências…

terça-feira, fevereiro 05, 2008

Continuação.

Matisse, Dance
Porque aceitei o convite do ART feito em Janeiro deste ano ... e porque "o prometido é devido", tentarei deixar um texto minímamente coerente, usando os títulos dos meus 10 últimos posts.
Dizia ele que este desafio era feito à minha medida.... em tempos, acredito que sim, neste momento tenho as minhas dúvidas mas... aqui vai.
O ano 2008 não começou neste "canto" da melhor forma, pelo menos assim o creio.
Já antes fui, nas minhas poucas divagações com direito a serem colocadas por escrito nesta comunidade, deixando passar o tempo, reduzindo a escrita a desejos de Bom Natal e algum dissimulado desabafo que intitulei de "Remédio Santo".
Algumas foram as vezes que auto proferi interpretações dignas desse nome e que tanto gosto de fazer, sobre este ou aquele acontecimento/tema, sem contudo passar à acção. Mas, deambulando perdidamente pelos meandros da vida que nos passa qual vento soprando, acabei fazendo a descoberta de que nem sempre somos esquecidos.
Tendo estado bastante tempo sem tão pouco abrir esta página, fui forçada a usar para mim mesma um dos títulos que usei.
"Mas que sei eu"... !!!
Ao escrever sobre o filme "Dead Poets Society" e, tendo na altura, consciência da mensagem que queria passar, estava neste momento a negar precisamente aquilo em que naquele momento acreditei: A Essência Humana!
Foi essa mesma, bem espelhada que encontrei em todos os que continuaram a visitar-me, deixando as suas palavras e/ou o seu silêncio.
Em suma: Afinal, não estamos sós!!
Obrigado a todos!

sábado, janeiro 05, 2008

Descobertas.

Percorrendo despreocupadamente as inumeras estantes de livros, envolta no meio que me circundava, a atenção foi desviada pela audição. Algures, um som que me agradou, percorria o espaço...

Mais uma vez, fui levada a procurar a origem de tal estimulo tão intenso!

Para quem está habituado a ser percorrido por "ondas de beleza musical" e que posteriormente tem a possibilidade de procurar cada vez mais, sabe que, por vezes, é tentado a adquirir o máximo possível quase compulsivamente. Na impossibilidade de concretizar tal aspiração, a opção passa por fazer uma escolha exaustiva e quase impossível.

Deixo-vos uma das variadas faixas que ouvi, e que são somente, uma pequeníssima parte da panóplia de ritmos que se podem encontrar quando se adquire CafédelMar (clicar para mais informação).

A presente faz parte de uma colectânea de sons inspirados em música clássica, neste caso, Gymnopédies de Eric Satie.

Um resto de Bom Fim de Semana!