sexta-feira, agosto 11, 2006

Um Mar de ...

TV e a passar em revista algumas das fotos que
nas viagens pela net, vou encontrando e coleccionando. Falava-se de um livro, do qual não sei nome nem autor, mas que abordava o tema da busca da felicidade que, na maior parte das vezes é procurada naquilo que faz mover montanhas, quando, na realidade a temos mesmo ao nosso lado e tão simples que nem damos por ela… estes momentos em que estamos sozinhos connosco mesmos, pensando em tudo e em nada, e onde a nossa atenção flutua, pelos mais variados estímulos circundantes e, no meu caso sendo um deles o calor, pensava para os meus botões:” Calor este, que não pára, tantas vidas a correrem riscos por causa dos fogos que continuam a lavrar pelo nosso país, os nossos governantes ou (des)governantes a “sonharem de noite pra contar de dia”, as desgraças que somos obrigados a ver, se não queremos estar totalmente fora de horas”, enfim, em pleno devaneio... olhei para esta imagem e dela surgiu uma sensação boa, que me retirou do plano aéreo onde me encontrava.
Como algo tão simples nos pode fazer voltar os pensamentos para algo completamente oposto…
Este jeito organizado, (des)organizado de pontos brancos enrolados uns sobre os outros, que mais não são do que um ramo de rosas brancas, fez-me ver que esta brancura também transmite frescor, beleza, suavidade … cheguei a imaginar o quanto de bom seria abraçar um molho destes tão sedoso, sentir o cheiro e deixá-las junto a mim num abraço de ternura…

Resumindo, parece que o calor me afectou e há aqui um conflito qualquer entre sinapses lollll

Aproveitem, olhem e divaguem! Nem que seja por segundos, a vida também pode ser uma rosa sem espinhos ;)


Às Vezes

Às vezes tenho idéias felizes,

Idéias subitamente felizes, em idéias

E nas palavras em que naturalmente se despegam...
Depois de escrever, leio...
Por que escrevi isto?
Onde fui buscar isto?
De onde me veio isto?
Isto é melhor do que eu...
Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta
Com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?...


Álvaro de Campos

16 comentários:

Luna disse...

Quando escrevemos algo estamos a passar para o papel , momentos, sentimentos que afloram nesse instante, então é um pouco de nos que esta a ser despido entregue como palavras a quem nos lê
beijos de bom fim se semana

TRILHAS&TERRAS = Homem em Movimento disse...

A vida é uma rosa sem espinhos.
Eles aparecem na medida que nos dedicamos a encontrá-los e a aceitá-los...

Um lindo final de semana para ti...
Beijinhos,

Cris

o alquimista disse...

Tu és um encanto de pessoa, falas como quem pinta uma tela de suaves matizes...

Doce beijo

Å®t Øf £övë disse...

Alexandra,
É tão bom quando conseguimos estar sozinhos sem nos sertirmos em solidão. É um verdadeiro sinal de felicidade, e de paz de espirito.
Bom fds.
Bjs.

carteiro disse...

É a divagar que conseguimos crescer... e o que seria a vida sem estes momentos?

P.S. Em relacao ao teu comentario no meu blog... nao havia preocupacoes :) Apenas nao eram agradaveis algumas situacoes, como ir a andar e chocar (aconteceu duas ou tres vezes) com as pessoas. Se nao fosse em trabalho, aí sim :) Estar na lua é que é viver!
**

Anónimo disse...

Para escrever é preciso sentir e para dicertar sobre um tema, tão belo, como uma rosa é preciso ter sensibilidade.
Bjs

Chellot disse...

O calor costuma derreter os miolos e passamos a enchergar as coisas ao nosso redor de forma diferente, arrisco a dizer até mais reais.
Toda rosa tem espinhos. O lance é por onde você prefere segurá-la: pela haste ou envolvendo somente as pétalas.
Beijos.

AnaGarrett disse...

!!!!!
Por acaso tens razão. Esqueci.me de falar no simbolísmo que coloquei no quadro. No caso da serpente e dos entrelaçados celtas.
Beijinhos

Anónimo disse...

Às vezes esquecemo-nos é onde procurar a felicidade. Esquecemo-nos de sorrir. Esquecemo-nos de que a vida corre num calendário que recomeça sempre ao outro dia. E há quem perca a esperança. Somos constantemente bombardeados por imagens catastróficas a todo o momento (Roger Waters é fabuloso no modo como critica nas suas canções o poder dos mass media!) e d efacto às vezes desviando o olhar para pequenas coisas simples recuperamos um pouco dessa paz de alma...

Das rosas...as brancas até são as minhas preferidas!

beijinhos da Teia.

Maria P. disse...

Que bem que soube abraçar este teu ramos de rosas!

Beijinhos e boa semana.

GNM disse...

Divago sim Alexandra! Podes crer que sim. E ao som desta tua musica é tão fácil divagar...

Continua a sorrir!

Anónimo disse...

Após o horror dos incêndios que destroem a natureza mergulhaste na beleza e perfeição e beleza desse ramo de rosas brancas. A vida é cheia de compensações. Um belo momento. Bom início de semana.

Jonas Prochownik disse...

Aqui no Rio de Janeiro, embora seja ainda inverno, jé está muito calor.
Vou à praia quase todos os dias.

AnaGarrett disse...

Antes de mais, quero dizer que nestes casos de simbologia e proto-história, o Paulo, meu marido, ajuda-me muito.

Então vamos lá à tua questão.
A simbologia da serpente foi adulterada?
Permite-me discordar.
Para os Antigos a Serpente era o simbolo do conhecimento. Se estudares bem o seu significado, chegamos a um anagrama de Sophia, Conhecimento. Dragani ou Serpentes eram os nomes pelo qual se designavam esotericamente os sábios-iniciados.
Hoje em dia na farmaceutica e medicina ainda se usa o simbolo da serpente, como simbolo de cura e de conhecimento.
É claro que se formos falar de religião, para o cristianismo a serpente evoca o mal, Satanás, mas isso na religião cristã.
Beijinhos.

P.S.: Sabias que em tempos longiquos o que hoje é uma grande parte de Portugal se chamava Ophiussa (Cujo significado é terra das serpentes)?
Isto antes dos romanos chegarem.
Lusitânea foi o nome dado pelos romanos à "provincia", tudo por causa do povo celta dominante, da região, os Lusos.

poeta_silente disse...

Nas rosas e na natureza encontramos a beleza que nos leva a refletir sobre a essência da vida. Somos parte da criação e, como tal, éramos para ser perfeitos, assim como a natureza. Porque não ficamos assim?
A resposta nos leva a algumas indagações e constatações, as quais seriam muito extensas para colocar aqui.
O que posso adiantar, amiga, é que as rosas, na sua simplicidade, aceitam o "ser rosa" na sua mais plena humildade e, por assim aceitarem, usufruem da perfeição e suas consequências.
Já nós, homens, não querendo aceitar, humildemente, o papel de criaturas, arvoramo-nos a apossarmos da onipotência que a nós não pertence, e a sonharmos com um estado muito acima do nosso. A própria busca do poder, nos fez pequenos e imperfeitos, de uma tal forma, que somos mais vulneráveis, na nossa arrogância humana, que as rosas, na sua siomplicidade do "ser".
Beijinhos
Deus te abençoe
Miriam

poeta_silente disse...

Como vai, amiga?
Tudo bem? Descansada?
Sei que deves estar bem... as férias nos recompõem, nos dão ânimo, nos remetem às forças que pareciam acabadas. Mas, na realidade, estavam escondidas.
Que Deus te abençoe!
Saudades!
Miriam