quinta-feira, maio 24, 2007

Divagando

Quando o pensamento divaga pelos meandros da vida e não se encontram palavras que possam descrever o sentimento, descobrimos sempre um espelho...
Um ritmo perdido...

Se uma pausa não é fim
e silêncio nâo é ausência,
se um ramo partido não mata uma árvore,
um amor que é perdido,será acabado?

um ouvido que escuta
uma alma que espera...
-uma onda desfeita
É ou já não era?

Nuvem solitária,
silenciosa e breve,
nuvem transparente,
desenho etéreo de anjo distraído...

nuvem,
esquecida em céu de esperança,
forma irreal de sonho interrompido..

nuvem,
luz e sombra,
forma e movimento,
fantasia breve de ânsia de infinito...

nuvem que foste
e já não és: desejo formulado e incompreendido
Ana Harherly

10 comentários:

o Reverso disse...

ana hatherly, sempre.
e adoro núvens brancas no céu.
e também o cheiro da terra molhada...

Teresa Durães disse...

Não conheço quase nada de Ana Hatherly. Gostei do que li. Nuvem solitária acaba mais tarde ou mais cedo por se transformar. Chuva ou evaporação, comungando com o resto da natureza.

Frioleiras disse...

Gosto mt d Ana Hatherly !
Bonito e "limpo" o teu blog...
ten alma e suavidade...

gosto, adoro o cheiro da chuva no chão, na terra...

Chellot disse...

Luz e sombra unidas numa só alma, em corpo de nuvem.

Beijos de rosas e vinho.

redonda disse...

Bonito. Gostei do que li.

jorge esteves disse...

Um poema branco e suave!...
Abraços!

poeta_silente disse...

Amiga querida!
Sei que sofreste uma perda. Não sei quem foi.
Embora com atraso, embora no post próprio não tenha falado, sei que a dor é grande. Mas nosso entendimento se faz presente. Desde pequenos aprendemos a conviver com estas perdas.
Recebe um abraço afetuoso e sincero.
Deus te abençoe.
Miriam

carteiro disse...

Depois de um capítulo de selos difusos que chegou ao fim, e de um interlúdio de silêncio pelo meio, novos selos decidem voltar aqui, em viagem, e deixar uma (pequena) marca.

As nuvens são fascinantes. Vagueiam das e nas mais diferentes formas mas têm sempre uma razão para o fazer.

Pedro Branco disse...

Levaste-me para tão longe que nem me cheguei a perder... Desfiei-me em gotas de orvalho nas pétalas da tua paixão. Entreguei-me ao soletrar secreto de todas as respirações. Por dentro da janela que todos os dias passa diante dos meus olhos.

Pedro Arunca disse...

Há espelhos que nos refletem a alma. Dele partimos para o interior de nós. Espelho meu, diz-me onde estou eu...
Por vezes importa o encontro a sós para olharmos mais por nós.

Ponha as palavras em poema, porque elas já têm magia...