quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Passado



“(…) a cidade não conta o seu passado, contém-no como as linhas da mão, escrito nas esquinas das ruas, nas grades das janelas, nos corrimões das escadas, nas antenas dos pára-raios, nos postes das bandeiras, cada segmento marcado por sua vez de arranhões, riscos, cortes e entalhes.”

Calvino, Italo, As Cidades Invisíveis, p. 14

E nós que a percorremos, quantas vezes olhamos sem ver?!



Imagem: Recanto da Praça da Riveira, Lisboa

8 comentários:

Paula Raposo disse...

Temos que aprender a saber olhar...muitos beijos.

adivinha disse...

Olá Alexandra!

Não me evaporei, apenas ando atarefado demais para ter tempo decente de vir a este "mundo".
Mas hoje resolvi pôr algumas notas em dia e claro, não podía falhar de visitá-la.

E ainda bem. Pois encontro um belo azulejo enfeitado de uma pergunta no rodapé que tantas vezes nos esquecemos, ignoramos pela pressa, e assim vamos deixando o tempo passar, sem abrir os olhos ao nosso redor.

Ainda não pus a sua música a rodar... eu sei que é imperdoável mas vou fazê-lo. Garanto! E com os créditos necessários!

Isabel José António disse...

Querida Amiga Alexandra,

Orá cá estou eu também a visitá-la neste seu palácio encantado.

Claro que o seu post aponta para a enorme diferença que existe entre OLHAR e VER.

Olhar é dar aquilo que se costuma designar por uma espreitadela. Verificar sem prestar muita atenção.

Ver é ir ao fundo das coisas, à sua essência, ao seu âmago.

Parabéns. Muitos parabéns.

Um abraço

José António

Conversa Inútil de Roderick disse...

É verdade! Ás evzes admiramo-nos com turistas a admirar algo que nós, que passamos todos os dias por esse lugar, não vimos!!!

Maria P. disse...

Há algo de novo para descobrir em cada rua...

Beijinho(S)

Espaço do João disse...

Querida Alexandra.
Grato pela passagem pelo meu modesto espaço.
Realmente muitas e muitas vezes passamos pelas coisas mais belas e não reparamos. Ultimamente quando vou até á Capital, deu-me para reparar as fachadas das casas adornadas de azulejos. Algumas são dum encanto tal que quase não podemos descrever. A nossa Lisboa e o Nosso Porto em especial teem belezas incomparáveis. Volta sempre pois terás algo para espreitar. Um abraço João

Anónimo disse...

Ola Alexandra,
falando de azulejos... absolutamente fabuloso!

O Museu Nacional do Azulejo( o antigo Convento da Madre de Deus, fundado em 1509 pela rainha D. Leonor.)vai realizar um Curso de História da Azulejaria que decorrerá entre Março e Maio de 2009.
A relizar terças feiras das 18/19.30 h.

Museu Nacional do Azulejo
Rua da Madre de Deus, 4
1900-312 Lisboa
Tel: 218 100 340
e-mail: mnazulejo.se@ipmuseus.pt
beijinho
Isabel Albuquerque

alexia disse...

E nós? Vemos quando nos percorremos as marcas do nosso passado ou deixamos para os outros sentirem na pele as mazelas?
Sim, eu sei que a verdadeira questão não é essa mas o passado não é facil de encarar, quanto mais transpo-lo para vidas alheias qd a nossa mente está tão ocupada com o nosso egoismo...
Beijo