terça-feira, fevereiro 13, 2007

O Perfume!

Em conversa com um amigo sobre “O Perfume”, tendo ele visto o filme e eu lido o livro, surge a pergunta bastante significativa, quanto a mim!


“ Que tipo de mente inventa uma história destas?”


Do que pesquisei deixo alguns excertos:



O Perfume é um romance escrito pelo escritor
alemão Patrick Süskind e publicado pela primeira vez em 1985. O título original alemão é Das Parfum, die Geschichte eines Mörders, "O Perfume, História de um assassino".

A história situa-se no
século XVIII, em Paris, depois em Auvergne, em Montpellier, em Grasse e finalmente retorna a Paris. O protagonista, Jean-Baptiste Grenouille, nasceu no meio de tripas de peixe atrás de uma banca, onde a mãe, que algumas semanas depois foi executada por infanticídios, vendia peixe. Grenouille possui duas características excepcionais:

Ele não tem cheiro nenhum, o que assusta sua ama e as crianças com quem ele vive no orfanato, mas que permite que ele passe totalmente despercebido. Durante a história, essa ausência de odor, de que ele se dá conta somente bem mais tarde, será compensada pela criação de perfumes mais ou menos atraentes, que Grenouille utiliza de acordo com as circunstâncias a fim de ser notado pelos outros.


Ele tem um olfato extremamente desenvolvido, o que lhe permite reconhecer os odores mais imperceptíveis. Conseguia cheirá–los por mais longe que estivessem e armazenava–os todos no seu nariz. Esse olfato é sua única fonte de alegria, que ele aproveita para confeccionar, sem a mínima experiência, perfumes de qualidade excepcional.


Durante a sua vida teve vários acidentes e doenças, trabalhou como aprendiz de curtidor de peles e depois como aprendiz de perfumista e, graças às suas características, enquanto foi aprendiz de perfumista aprendeu várias técnicas para a criação de um perfume.
Grenouille um dia encontra uma jovem, com um perfume totalmente diferente de todos os outros milhares de perfumes que ele guardava na memória, e acabará por matá-la, com as suas próprias mãos, de tanto desejar apoderar-se do seu odor.

A acção divide-se entre o mundo dos perfumes, traduzido pelo título "O Perfume", que servem para encobrir o mundo dos fedores, dos crimes e da hipocrisia que caracterizam a cidade de Paris no século XVIII.
Foi adaptado ao cinema em 2006.

Do autor deste romance, podemos dizer que nasceu em Ambach am Starnberger See, perto de
München na Alemanha. Filho do escritor e jornalista,W. E. Süskid. Estudou história Moderna e Medieval na Universidade de Munique e em Aix-en-Provence de 1968-1974. Nos anos oitenta, Süskind trabalhou como escritor, para "Kir Royal", "Monaco Franze" e outros. Ele é o autor do internacionalmente aclamado best-seller "O Perfume: história de um assassino" de 1985 (romance). É também autor de "The Double Bass" de 1980 (teatro), "The Pigeon" de 1988 (novela), "The Story of Mr. Sommer" de 1991 (conto ilustrado por Sempé) e "Three Stories and a Reflection" de 1996 (contos).
Patrick Süskind vive em
Ambach, Alemanha, raramente dá entrevistas ou aparece em público, preferindo levar uma vida isolada.

Face ao conteúdo deste romance, ponho a hipótese do autor ter feito um estudo sobre características e distúrbios de personalidade e, conseguir desta forma uma personagem baseada em conhecimentos cientificos. De acrescer ainda o factor da sua própria formação académica que lhe possibilita ter uma perspectiva bastante fiel dos cenários que descreve.

Considerando que o livro está escrito de uma forma tal que durante a sua leitura estamos constantemente a ser levados, eu diria, para o interior das cenas que são descritas e, perante o próprio comportamento “pouco social” do autor, poderia supor que ou estamos perante um génio, ou a sua própria personalidade contribuiu de forma bastante activa para a criação desta personagem.

De salientar que não pretendo colocar a saúde mental do autor em causa, mas sim dar ênfase a esta sua obra que, de facto, em termos de qualidade de escrita e riqueza de conteúdos é incomparável!

Para finalizar, indico um vídeo sobre a composição da excelente banda sonora do filme, de autoria do Maestro Simon Rattle.

Um muito obrigado ao PC !

11 comentários:

Isabel José António disse...

Querida Amiga Alexandra,

A mente que inventa uma história (esta ou qualquer outra) é uma mente que tem acesso ao tal Inconsciente Colectivo, de Carl Jung. Este espaço, que as tradições espirituais do oriente chamam Plano Astral, está impregnado por milhares de formas pensamento energéticas que influenciam a quem consegue captar a vibração.

Esse espaço tem de tudo (formas de pensamento benignas e altruístas, bem como, as maléficas e todos os dejectos que a humanidade lá lhe vai colocando)

Quando alguém sem discernimento lhe acede é o que se costuma ver e as notícias demonstram. Quando alguém com algum discernimento e cheio de amor, lá consegue penetrar, também consegue influenciar positivamente todos esse Plano.

Daí a necessidade do maior cuidado sobre o que dizemos, pensamos e agimos.

Um grande abraço

José António

Diafragma disse...

Este tema é de tal forma complexo (e cativante, claro) que, por agora, limito-me a felicitar-te por este excelente trabalho, bem como pela a escolha da fotografia.

jorge esteves disse...

Ficou no ar um odor de anseios em ver o filme!...
abraço!

Páginas Soltas disse...

Parabens Alexandra!!

O teu espaço é muito " rico" em palavras e conteúdo!

Adorei ler-te!

Beijo da
Maria

Maria P. disse...

De facto este teu apontamente, excelente, deixa um cheirinho a curiosidade no ar!

Beijinho*

Carlos Henriques disse...

Desculpa a minha ignorancia... nao conhecia... fiquei a conhecer com esta visita.

**beijos**

Cadinho RoCo disse...

Aqui o eterno mistério: de onde surgem nossos personagens?
Cadinho RoCo

GrandesMares disse...

Realmente os cheiros influenciam mutito na minha vida.
Ja ouvi falar muito bem sobre o livro e fique com vontade de ver o filme quando vi apresentação e relato de algunas criticos.
Deve ser bastante interessante,ta ai uma boa sugestão.
Bom Carnaval:)Boas mares

Isa disse...

Com este cheiro agradável um muito obrigada pelo teu lindo trabalho. Fui para ir ao teu ontro blog e de lá vim aqui parar. Parabens pelo bonito blog e por todo este trabalho. bj

Daniel Aladiah disse...

Já não há novas histórias, mas versões da mesma...
Um beijo
Daniel

Anónimo disse...

Li o livro ainda novinha e vi o filme recentemente. Confesso que a leitura do livro me levou realmente para dentro da história mas o mesmo não aconteceu com o filme que me parece a certa altura um pouco ridículo:) algo que nunca senti na leitura.
No entanto aqui o tema é outro e parece-me que houve um comentador que resumiu bem a tua espécie de dúvida:).
A criatividade tem realmente relação com o discernimento...este é o meu resumo bem mais básico:)))

Beijo