sábado, julho 07, 2007

Sonhos de verão.



Manhã muito cedo, entrada no barco. Barco? Bote! Para usar a terminologia natural da zona. O sol queima mas o motor que empurra a embarcação não dá tempo a que se sinta o calor. A água que salpica e atinge quem lá vai causa arrepios.

Saída do molhe e surgem praias salpicadas ao longo da costa. Do outro lado, o horizonte por companhia. Mãos que experimentam a temperatura da água... fria, quente? Quente nunca poderia ser, mas a esperança da temperatura amena não se perde!

Os minutos passam, a viagem continua. O vento é pouco, a corrente não é muito forte e a chegada é rápida. Necessária a manobra para entrada na enseada. Há que ter cuidado com as rochas que parecem profundas mas, enganam. Confiança acima de tudo porque o "marinheiro" sabe o que faz!

Finalmente a fateixa é lançada e a embarcação fica presa.

Em redor nada mais que água e rocha. Lá no alto, o céu azul. O grito das gaivotas zangadas com tão inoportunas visitas. O sol que entra pelos rasgos do tempo na natureza, incide sobre a água fazendo reflexos nas paredes rochosas e inundando de luz as mais variadas zonas de água límpida, deixando ver o fundo!

Não há água fria que seja superior à vontade de nadar no meio daquela coloração natural. À caída à água, um choque térmico que provoca gritos. O eco faz-se ouvir e, de repente, é-nos devolvida a nossa própria voz.

Sonho? Realidade? Um pouco das duas coisas para quem pôde usufruir destas belezas naturais!

O vento norte faz-se sentir! É tempo de voltar a terra. No caminho, a espuma do mar beija os corpos já cansados mas felizes...

Fotografia: Alexandra, Ponta da Piedade, Lagos, Algarve.

14 comentários:

Anónimo disse...

Olá Alexandra.
Até parecem férias, será?

Bom fim de semana

**beijos**

eu disse...

Se foi um sonho, foi bem melhor que o meu, que ainha não o compreendi. Queres ajudar-me a percebê-lo?


D. Galinha

Pedro Arunca disse...

A foto é bonita, com estas palavras fica mais fácil sonhar....

Anónimo disse...

Que enveja dessa viagem...

Bjca doce

carteiro disse...

Esta fotografia não me é estranha :)
E que bela imagem formas com as palavras. Para este carteiro, apenas o sonho. Mas um sonho que vale a pena, e uma certa felicidade pela existência de lugares assim.

redonda disse...

Ainda fiquei com mais vontade de estar em férias (o que pareceria impossível :)

Maria P. disse...

Que descrição! Mas é mesmo assim, conheço o lugar - fantástico!

Beijoca e boa semana*

HNunes disse...

Ao ler-te a vontade de ir de férias torna-se maior.
Este teu diário de bordo, faz com os dias que antecedem as férias sejam mais leves.
Por momentos esqueci-me que estava a trabalhar.
Bjos

Anónimo disse...

Oi Alex...
O Tempo corre como louco, umas vezes apetece parar o mundo como uma fotografia outras vezes é desejado como uma luz acender-se rápidamente e apaga-la do mesmo modo.
Por vezes é preciso apostar no ataque outras vezes a defesa é o melhor concelho, do sonho á realidade pode ser um passo ou então não passa de um simples pensamento, espero que os dias sejam bons para ti...apenas isso.
Bjs
(desculpa a ausência...os caminhos que eu tenho andado têm ocupado imenso tempo, tenho apostado no ataque...e nem sempre o sucesso é de imediato, mas é como tudo, degrau a degrau, passo a passo...)
Tudo de bom.

Chellot disse...

Esses passeios são maravilhosos. Deveríamos fazer um destes uma vez por mês.

Beijos perfeitos.

Fernando Pinto disse...

Conheço muito bem! Bela imagem! O meu irmão António Carlos, que é realizador, está a fazer um programa em Lagos.

Abraço,
FMOP

Isa e Luis disse...

Olá,
Linda imagem, parabéns!

Boa semana repleta de magia e poesia.

Beijinhos

Isa

Isabel José António disse...

Olá Alexandra,

E se o barco não parrasse ali? E se fosse ali mesmo o início duma outra fantástica viagem?

E se a água, para além de fria (como convém, bem basta o aquecimento global)fosse encantada? E se as gaivotas viessem pousar no barquinho?
E se os peixes te saltassem para dentro do mesmo?

E se... Mas... espera... essa viagem existe ou foi invantada?

E se....

Um grande abraço

José António

Anónimo disse...

Enquanto te li senti cheiros...e quando eu sinto cheiros é porque seja fantasia ou realidade a intensidade é que é relevante!

Beijo