quinta-feira, julho 20, 2006

Cada coisa, seu momento!

Sei que há já algum tempo que não faço um post com questões verdadeiramente importantes. Elas acontecem todos os dias, são guerras que ceifam a vida a inocentes, crianças mal tratadas, incêndios... enfim, um manancial de temas que poderiam ser abordados e que merecem reflexão. Para isso faço sempre pesquisa e estudo alguma coisa, no entanto, a falta de tempo imperam neste momento. Ok, não só a falta dele, como também a falta de vontade para os fazer. Estarei talvez numa altura de egoismo. A minha própria pessoa e meio circundante, são, neste momento, mais intrusivos. O que predispôe menos à abertura para o exterior. Bem, pois que assim seja. A vida terá que continuar e terei que fazer aqui um ponto de equilibrio. Geralmente, o tempo, faz muita coisa...

Entretanto, quero também agradecer a todos aqueles que por aqui têm passado e deixado a sua mensagem. Aos poucos, irei agradecendo individualmente. Obrigado a todos!

Por agora, deixo-vos com um poema de Fernando Pessoa que encontrei e achei magnífico!
Deixei atrás os erros do que fui
Deixei atrás os erros do que fui,
Deixei atrás os erros do que quis
E que não pude haver porque a hora flui
E ninguém é exato nem feliz.

Tudo isso como o lixo da viagem
Deixei nas circunstâncias do caminho,
No episódio que fui e na paragem,
No desvio que foi cada vizinho.
Deixei tudo isso, como quem se tapa
Por viajar com uma capa sua,
E a certa altura se desfaz da capa
E atira com a capa para a rua.
Imagem retirada da net.


11 comentários:

poeta_silente disse...

Oi, Alexandra.
Quantas coisas deixamos para trás. Quantas coisas que percebemos más, ou boas. Mas, o que mais importa, é que as coisas más são esquecidas, jogadas ao relento. E as coisas boas ficam, com um gosto de quero mais... embora saibamos que elas não voltarão.
Não pode haver maior erro do que chorar por elas. Se o fizermos, estaremos nos impedindo de vivenciar o novo, o aqui e o agora. Estaremos nos castrando. Estaremos nos auto-impingindo mutilações irreversíveis. Por isto, amiga, por saber que não posso mudar o que passou, mas posso vivenciar outros momentos inesquecíveis, que eu costumo chorar no máximo tres dias, a cada tristeza ou perda. Nunca consegui ultrapassar este número. Não conseguiría responder o porquê. Mas, meu íntimo tem esta lei. E agradeço a Deus por ter me dado tamanha força para viver.
Vamos em frente. O HOJE é maravilhoso. Basta vivê-lo intensamente e sabiamente, para que nosso amanhã seja completo.
Beijos de uma amiga distante... distante. Mas não ausente.
Miriam

Anónimo disse...

Um post delicioso...um poema lindissimo. Beijos :)

RPM disse...

ai a menina egoísta....Hummmmm

um beijo e goza...o calor aperta e a vontada em estar à volta de um pc fechado numa casa é difícil...

um beijo amiga...

o Círo está murcho. apanhou uma vacina e está a a fazer a reacção...é só expelir pelo do estômago.....

um beijo

RPM

Paulo disse...

alexandra, eu diria mais "cada coisa a seu tempo", mas nunca esquecendo que temos de viver a vida agora. E não no passado, ou no futuro. O presente é o "momento" para fazer tudo aquilo que queremos fazer, para realizar o que sonhamos, para sermos como gostariamos de ser. Depois, FP é lindo, mas é muito depressivo... Miúda, a vida é tudo isto, alegria, tristeza, amor, desilusão, mas só é vida quando é VIVIDA. Não te esqueças, 'tá bem? Beijinhos e umas boas férias se for o caso ;)))
P.S. Volto em Agosto para mais uns diálogos de humor e amizade. Temos de organizar o "café/chá blogwear", vidé coments no meu blog :))) beijos

Maria P. disse...

Excelente texto e um belo poema.
Fica bem (não me parece que estejas) beijinho.

poeta_silente disse...

Obrigada pela tua visita, Alexandra.
Amei de paixão o que escreveste. È verdade. Experiências semelhantes, provavelmente.
Teu comentário me deixou a pensar muito.
Beijinhos
Miriam

Isabel José António disse...

Cara Amiga Alexandra,

O seu texto e o poema do F Pessoa formam um todo muito curioso.

Na vida, no mundo, no cosmos e no micro cosmos, nada está feito nem disposto ao acaso. Existe uma lei hermética (validada pela ciência) que tem a designação de "VIBRAÇÃO".

Tudo vibra, nada está inerte! Até as rochas vibram. O seu ritmo é muito mais lento que o dos gases, por exemplo.

Ainda nesta vibração existe uma ordenação. Os mais pesados ou densos, estão em baixo, os mais leves estão em cima até se chegar àqueles que nem sequer vemos (mas existem), por vibrarem a um ritmo que os nossos olhos e cérebro não captam.

Com isto quero dizer que na Natureza há uma ordenação natural, em TUDO. E não foi o homem que criou essa ordenação. Ele (homem) também está ordenado.

Para se poder agir, tem que haver uma ordenação. Uma reordenação.

Para cada um terá que haver prioridades nas realizações. Lugar à actividade, ao repouso e ao lazer.

É urgente que cada um faça essa ordenação.

Isto para nos adequarmos a essa Lei da "Ordenação/Vibração"

Sobre o poema, ele dá-nos conta da importância "importantíssima" (passe a redundância) que vivamos o momento PRESENTE, ou o AGORA.

O passado já lá vai. O futuro não chegou. O que é real e importante é que vivamos cada momento, completamente concentrados, seja a trabalhar, descansar e a interagir com os outros.

Os pensamentos (provenientes da mente) vão e vêm, vão e vêm, num ritmo impressionante. É a própria mente a querer ter sempre importância e ser ela o Eu! Ora isto não é verdade.

A Mente é apenas um instrumento que o Ser Humano deve utilizar, para descobrir, comparar, criar, discorrer, avaliar, etc., etc. mas não é o Próprio SER.

O SER é a totalidade do SER HUMANO, composto, grosseiramente, por corpo, espírito e alma.

Se prestarmos toda a nossa atenção, TOTAL ATENÇÃO, ao AGORA, deixando que os tais pensamentos da Mente possam se manifestar, percorrer um determinado espaço de tempo e irem embora, sem que nós lhe acrescentemos nada, rigorosamente nada, quer de bom ou de mau em apreciações, veremos que nós somos muito mais que a Mente.

Somos seres eternos que estão em fase de aprendizagem do caminho para casa.

Isto poderá sempre ser feito com alegria, simpatia e espírito de humor.

Peço muito desculpa pelo texto tão longo, mas era o que lhe queria transmitir a propósito deste post.

Por mim, está permanentemente convidada, a visitar-nos.

Um bom fim de semana.

Um abraço

José António

RPM disse...

olá linda....

feliz dia. e feliz fim de semana.

beijo de amizade e do Círo, que está melhor, uma lambidela

RPM

Cristiano Contreiras disse...

cada momento no seu devido tempo!

de Matos disse...

Excelente referencia ;) e lindo poema, como todos desse grande genio.

é preciso acreditar e lutar por dias melhores, mesmo quando a vida nao nos faz sorrir

bjs e bom fim de semana

Anónimo disse...

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