sábado, setembro 08, 2007

Divagações...

Manzella

Cada um de nós nasce mas não é tábua rasa. Consigo trás todo um conjunto de informação que será ou não desenvolvido consoante as vivências. Ou seja, consoante a socialização. Ao longo da existência, a sociedade impõe-nos constantemente um papel do qual seremos ou não “escravos”. Depende das escolhas que fizermos e da nossa própria personalidade.

Uns nascidos em “berço de ouro”, outros nem tanto, acabamos no fim por não ser mais que seres humanos, aos quais deveriam ser dadas as mesmas possibilidades de construção de vida. Entram aqui as escolhas e opções que temos/teremos que fazer, cada um com as “ferramentas” que lhe são permitidas.

Importa por vezes olhar para trás e analisar por nós próprios o que há de bom ou de mau. Quais as escolhas correctas do nosso ponto de vista e quais as incorrectas. A vida, se a olharmos de trás para a frente, mais não é que uma tela, onde foram muitos os acontecimentos. Uns mais vinculativos que outros. Dessa análise podemos, por vezes, constatar que o que era verdade num tempo, deixa de o ser actualmente. O “sentir” de ontem, já não é igual ao de hoje…
Porquê? Tantas são as razões!

Durante a nossa existência, são muitas as pessoas com que nos deparamos. Com umas criamos laços, outras nem por isso. De todas elas, algo damos e retiramos.
Algumas, estão connosco breves instantes se considerarmos a longevidade natural do ser humano. A vida trata de nos arrancar sem qualquer aviso, essa convivência da qual tanta comunicação foi transmitida. Resta-nos aprender a viver com a ausência… e, mais uma vez, o que antes era adquirido … desaparece!
Outras, aquelas pelas quais punhamos “as mãos no fogo”, mas acabamos queimados. Resta a assimilação da nova realidade e, enfrentá-la como melhor conseguirmos. Outras ainda, presenteiam-nos com a sua presença, mesmo que longe. Essas são aquelas que pouco existem e que, na maioria das vezes, nos acompanham desde a infância.
Estes são extremos das nossas convivências e aprendizagens enquanto seres individuais mas sociais.


Que temos em comum?

Apenas duas coisas: Todos temos um fim que nos espera!
Todos buscamos a vida inteira aquilo a que chamamos FELICIDADE!
Conceito abstracto que vive de formas diferentes em seres diferentes e que muitas vezes, mais não é que um momento ou, vários momentos. A diferença está no espaço de tempo de duração dos mesmos.


Como gerimos toda esta panóplia de informação?
Não há receita! Cada um da forma que lhe for mais “confortável”!

13 comentários:

Anónimo disse...

Somos o fruto do contexto em que vivemos!
Excelente artigo!
Um beijo com muito carinho!

Chellot disse...

Sua reflexão diz muito do que penso, do que acredito. Valeu menina! A vida não é igual para ninguém e cada um a vive de forma diferente.

Beijos fátuos.

Pedro Arunca disse...

Nossa vida é uma manta de retalhos:
alguns herdamos,
outros recolhemos
uns rejeitamos
muitos oferecemos.

Uma manta de beijos.

Até...

Daniel Aladiah disse...

Pois é, não é nada fácil ser feliz!
Um beijo
Daniel

PostScriptum disse...

Que tal, se como no Budismo, abandonarmos os conceitos inadequados de Bem e de Mal?
De resto constatamos - sempre a filosofia das luzes - que somos fruto do meio em que vivemos.
Não sei se serão as nossas experiências que fazem de nós o que somos, ou se ao invés, somos mesmo fruto da sociedade em que vivemos. esta última hipótese parece-me mais acertada.
Bjs

Maria P. disse...

Li o teu post e pensei neste tema do António Variações...

"Vou continuar a procurar
O meu mundo
O meu lugar
Porque até aqui eu só:
Estou bem aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só quero estar
Aonde não estou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou."

Beijinho e boa semana*

Lia Noronha disse...

Alessandra: bela reflexão...te encontrei no blog do fernando e vim conhecer...adorei td!!!
Abraços diretamente do meu Cotidiano.

Anónimo disse...

o seu blog é fantástico Alexandra. já o coloquei nos favoritos. vou voltar com mais vagar. parabéns

Teresa Durães disse...

Por acaso existem biliões de pessoas que não consideram a morte como o fim nem a felicidade o caminho.

Não que não tenha gostado da reflexão mas se pensares no modo de pensar oriental, escapam-te muitas pessoas

beijos

Mocho Falante disse...

Acho que ias gostar de ler o gene egoísta do Richard Dawkins

beijocas

Pepe Luigi disse...

Alexandra,
Muito me congratulou ler este teu magnífico texto.

Um beijinho
do Pepe.

DE-PROPOSITO disse...

Um texto do qual gostei bastante.
Fica bem.
E a felicidade juntinho de ti.
Manuel

Anónimo disse...

Ola Alexandra,
Divaguei também um pouco ao ler estas tuas palavras.
Receitas ,,, essas,não há !!
Gostei muito de te ler.
E, segue em frente,sempre.
Momentos felizes decerto acontecerão...
Beijinhos,
MJ